A polícia militar tem como principal função garantir a segurança e integridade da população. Esses profissionais arriscam a própria vida ao entrarem em confronto com criminosos para garantir a defesa dos cidadãos. O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) está presente no cotidiano dos policiais militares devido ao alto nível de estresse enfrentado, cargas de trabalho excessivas e exposições traumáticas frequentes. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) dispõe de técnicas que possibilitam a diminuição dos sintomas e do sofrimento do indivíduo. O presente trabalho teve como objetivo geral identificar as possíveis intervenções do psicólogo com policiais militares em situações de sintomas de transtorno de estresse pós-traumático. Já os objetivos específicos propostos são: apresentar o contexto de trabalho da polícia militar; caracterizar o transtorno de estresse pós-traumático e aprofundar o estudo da terapia cognitivo-comportamental em relação aos sintomas de transtorno de estresse pós-traumático. Inicialmente realizou-se a revisão de literatura sobre os temas do estudo, seguindo os seguintes tópicos: contextualização da polícia militar, conceitualização do TEPT e da TCC. Com relação ao método, o delineamento utilizado foi o qualitativo de caráter interpretativo e exploratório. Para atingir os objetivos propostos, escolheu-se a fonte "Tropa de Elite" (2007). Uma tabela foi construída como instrumento e para a análise de conteúdo, optou-se pelo referencial de análise, a qual oferece um conjunto de meios para dar sentido a um determinado assunto. Selecionaram-se oito cenas para visualizar as seguintes categorias de análise: contexto de trabalho da polícia militar; transtorno de estresse pós-traumático; terapia cognitivo-comportamental em relação aos sintomas. Os resultados obtidos a partir da análise das cenas e articulação teórica possibilitaram a compreensão acerca do sofrimento que os policiais militares enfrentam constantemente, mas não recebem os cuidados adequados. Apesar de o TEPT estar presente constantemente na atuação desses profissionais, não é comum os policiais militares passarem por avaliação ou acompanhamento psicológico após um evento traumático. As considerações finais apresentam o que poderia ser investigado em futuros estudos, assim como salienta a importância de implementar os cuidados psicológicos na rotina dos policiais militares, mesmo que as avaliações ocorram somente uma vez por ano. [resumo fornecido pelo autor]