Reciclagem de PETpc na incorporação da formulação de uma tinta em pó
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Data
2016-11-24Autor
Rodrigues, Karen da Silva
Orientador
Birriel, Eliena Jonko
Metadata
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A crescente utilização de embalagens de PET tem como conseqüência elevada geração de resíduos sólidos. A reciclagem é uma alternativa para a reutilização deste material polimérico. Este trabalho tem como objetivo avaliar a influência da incorporação de 2,5, 5 e 7,5% (m/m) de pó de PETpc em substituição à carga mineral sulfato de bário (BaSO4) em uma tinta em pó base resina poliéster de formulação comercial. Foram utilizados dois processos de obtenção da tinta: no processo 1, a tinta foi processada na extrusora dupla rosca (processo convencional) e no processo 2, primeiramente a resina e o PETpc foram extrusados na extrusora mono rosca e após todos os componentes da tinta foram homogeneizados na extrusora dupla rosca. As tintas foram aplicadas em corpos de prova de aço carbono AISI 1005 de dimensões 70 mm x 120 mm x 0,75 mm submetidos ao pré-tratamento de fosfatização de zinco. O pó de PETpc, o PET flake e as tintas em pó obtidas foram caracterizadas a partir de análise granulométrica, espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), análise termogravimétrica (TGA) e calorimetria exploratória diferencial (DSC). O efeito da incorporação do pó de PETpc nas propriedades mecânicas e de desempenho à corrosão das tintas foi avaliado com ensaios de medida de brilho, aderência, flexibilidade, resistência ao impacto, ângulo de contato, exposição à névoa salina (NS), espectroscopia impedância eletroquímica (EIE) e análises de microscopia eletrônica de varredura por emissão de campo (MEV/FEG). Os resultados evidenciaram que a incorporação do pó de PETpc na tinta em pó não interferiu no comportamento térmico das tintas obtidas com o processo 1, porém reduziu o brilho e visualizou-se trincas na concentração de 2,5% de pó de PETpc. Nas tintas obtidas a partir do processo 2, observou-se alteração no comportamento térmico das tintas verificado nos ensaios de TGA e DSC, bem como alterações no filme de tinta com aumento do brilho e também no ensaio de flexibilidade que com 5% de pó de PETpc apresentou melhor resultado. Nos ensaios de impacto, névoa salina, ângulo de contato e aderência, não houve alteração nos resultados obtidos com os dois processos utilizados. No ensaio de EIE as tintas com adição superior a 2,5% de pó de PETpc não apresentaram corrosão. Desta forma, os resultados indicam que a incorporação de pó de PETpc em uma tinta em pó base resina poliéster pode ter uma utilização promissora, pois melhora as propriedades da tinta e ainda pode ser uma alternativa para a utilização dos resíduos de PETpc.