Possíveis articulações entre relacionamentos não monogâmicos e gênero feminino na perspectiva do feminismo interseccional
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Data
2024-12-11Autor
Guedes, Julia Ferreira
Orientador
Lhullier, Cristina
Metadata
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Relacionamentos não monogâmicos são formas de se relacionar que transbordam a norma do modelo monogâmico e que estão ganhando espaço na sociedade. Este trabalho possui como objetivo geral descrever possíveis articulações entre relacionamentos não monogâmicos e gênero feminino na perspectiva do feminismo interseccional. Como objetivos específicos, propõe: contextualizar relacionamentos não monogâmicos, caracterizar as premissas do feminismo interseccional e apresentar um panorama de estudos da psicologia sobre gênero feminino. Realizou-se uma pesquisa qualitativa, exploratória e interpretativa. As fontes utilizadas foram 16 produções audiovisuais hospedadas na plataforma online YouTube, publicadas no período entre 2018 e 2024, preferencialmente protagonizadas por mulheres, e com a temática da não monogamia. O instrumento utilizado foi uma tabela com as seguintes informações: data de publicação, títulos dos vídeos, link de acesso e canal responsável pela publicação. O referencial de análise escolhido foi a análise temática de Braun e Clarke. O conteúdo das fontes passou por um processo de tematização, a partir do qual foram delineadas seis temáticas que possibilitaram a análise de possíveis articulações com o tema da não monogamia. Na Discussão buscou-se relacionar o conteúdo das fontes com referenciais teóricos que evidenciaram como mulheres vivenciam as relações afetivo-sexuais a partir de heranças histórico-culturais que interferem diretamente nas suas escolhas e comportamentos afetivos. No entanto, essa relação ainda pode ser aprofundada em novos estudos. Ademais, foram abordados tópicos como a construção dos papeis de gênero, as normatividades referentes à heterossexualidade e a monogamia, bem como uma série de preconceitos direcionados a não monogamia. Nas Considerações Finais alguns pontos foram apresentados como desafios, incluindo a complexidade das temáticas, que precisaram ser reduzidas ao longo da pesquisa. Além disso, percebeu-se a falta de referências a pessoas não binárias, destacando a necessidade de incluir esse público nas discussões sobre não monogamia. Como possíveis aplicações, sugere-se um cuidado especial no atendimento de pessoas que estão no processo de se identificar com outros formatos de relações que fogem à monogamia, bem como atenção recorrente para não impor um formato relacional como "melhor" em relação a outros. [resumo fornecido pelo autor]
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