Avaliação da utilização de ácidos orgânicos no tratamento de fibras de pinus com óxido de grafeno para potencial aplicação no desenvolvimento de compósitos poliméricos
Resumo
Para que seja possível melhorar as propriedades e características de um material de reforço que sofrerá um tratamento com materiais avançados e poderá ser incorporado em um compósito polimérico, é preciso que haja interação do material com o reforço. Este trabalho estuda a ação dos ácidos hexanoico (C6), octanoico (C8) e decanoico (C10) como agentes de acoplamento em fibra de Pinus Elliottii para tratamento com óxido de grafeno (OG). Foram preparadas amostras de Fibra, Fibra/GO, Fibra/GO/C6,
Fibra/GO/C8 e Fibra/GO/C10 utilizando agitação mecânica e ultrassonificação a duas temperaturas 25°C e 50°C. Foram avaliadas suas morfologias por microscopia eletrônica de varredura e por espectrometria de energia dispersiva; suas composições químicas por espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier; e suas estabilidades térmicas por análise termogravimétrica. As amostras de Fibra/GO/C8 e Fibra/GO/C10 tratadas a 25°C apresentaram resultados superiores de adesão do óxido de grafeno, bem como traços dos ácidos de tratamento e maior relação carbono oxigênio. A amostra de Fibra/GO/C6 tratada a 25°C apresentou maior estabilidade térmica. As demais amostras tratadas a 50°C obtiveram performance inferior, tanto na adesão do óxido de grafeno na superfície da fibra, como nas composições químicas e na correlação carbono oxigênio.Com base nisso, contatou-se que o tratamento das fibras de madeira com ácido octanoico a temperatura de 25°C foi que melhor gerou ancoragem do óxido de grafeno na superfície das fibras. [resumo fornecido pelo autor]