O Transtorno do Espectro Autista (TEA) caracteriza-se por uma série de desafios que afetam o desenvolvimento social, comunicativo e comportamental da criança, exigindo abordagens terapêuticas múltiplas e integrativas. Diante destes e de outros desafios e características presentes no transtorno, este se apresenta bastante complexo e desafiador. Por este motivo, para seu manejo clínico e intervenções efetivas, são necessários tratamentos que tenham seus resultados comprovados cientificamente e que acolham e respeitem os principais desafios de pessoas que convivem com o transtorno. Ao mesmo tempo, precisa envolver a criança com TEA, de forma que ela possa vincular-se mais facilmente às sessões. Diante disto, a Terapia Assistida por Animais (TAA) surge como uma intervenção complementar de grande relevância, proporcionando benefícios emocionais, sociais e comportamentais às crianças autistas. Estes benefícios já têm sua cientificidade comprovada em diversos estudos, apesar de ainda não haver reconhecimento por parte do Conselho Federal de Psicologia (CFP). Este trabalho tem como objetivo identificar contribuições da terapia assistida por animais como abordagem complementar ao tratamento de crianças com Transtorno do Espectro Autista, destacando seus benefícios e desafios. Através de revisão de literatura e análise de estudos clínicos, evidenciou-se que a presença do animal atua como mediador na relação terapêutica, promovendo avanços significativos na qualidade de vida das crianças e ampliando as possibilidades de intervenção para profissionais da saúde, incluindo psicólogos. Assim, a TAA se consolida como uma prática de apoio valiosa, respeitando a singularidade de cada criança e potencializando os efeitos dos tratamentos tradicionais. [resumo fornecido pelo autor]