A disciplina de Estágio Curricular Obrigatório do Curso de Medicina Veterinária da Universidade de Caxias do Sul foi realizada na área de Clínica Médica de Pequenos Animais. O período de estágio foi de 4 de fevereiro a 24 de abril de 2019, completando o total de carga horária de 420 horas. O local escolhido para realizar esta disciplina foi o Hospital Veterinário Universitário da Universidade Federal de Santa Maria, sob orientação da Prof. Msc. Fernanda de Souza e supervisão da Prof. Dra. Anne Santos do Amaral. Este relatório de estágio curricular obrigatório teve como objetivo de descrever a infraestrutura do local de estágio, a rotina, a casuística acompanhada e o relato e discussão dois casos clínicos acompanhados. O Hospital Veterinário Universitário conta uma infraestrutura que oferece o atendimento não só para os pequenos animais, mas também aos grandes animais e animais silvestres, com diferentes áreas. A rotina do hospital é realizada com atendimento ao público de segunda-feira a sexta-feira das 07:30 às 19:30. Finais de semana, período da noite e feriados são realizados apenas atendimentos emergenciais. Durante o período de estágio, foram atendidos 122 animais, sendo 83,6% cães e 16,4% gatos. Dos procedimentos acompanhados, a coleta de sangue foi a representou maior incidência (40,5%). No total de animais acompanhados, as enfermidades tegumentares foram as que representaram maior prevalência, com 31 casos visualizados e destaque para a dermatite atópica em cães. Os casos clínicos relatados foram um de leishmaniose visceral em canino, sem raça definida, 7 anos de idade, com historio de poliúria e perda de peso progressiva. O diagnóstico foi confirmado através dos dados obtidos no teste rápido para leishmaniose que se apresentou positivo para a enfermidade e a citologia aspirativa por agulha fina dos linfonodos poplíteos no qual foi detectado a presença de estruturas de amastigotas de Leishmania spp. no citoplasma de macrófagos e no meio extracelular. E, o segundo caso clínico correspondeu a um hipertireoidismo em um felino, sem raça definida, 11 anos de idade, com histórico de perda de peso, apatia, perda de equilíbrio ao caminhar e hiporexia. O diagnóstico da enfermidade foi confirmado a partir da palpação da glândula tireoide que estava aumentada no exame clínico do paciente e na avaliação da concentração de T4 total. Concomitante ao hipertireoidismo, o paciente apresentou cardiomiopatia tireotóxica hipertrófica e doença renal crônica [resumo fornecido pelo autor].