Narcisismo patológico e relações de poder: contribuições a partir da teoria do apego
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Data
2019-12-04Autor
Bassani, Priscila Paolla Peyrot
Orientador
Cemin, Tânia Maria
Metadata
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O presente trabalho tem como objetivo geral identificar possíveis contribuições da Teoria do Apego, de John Bowlby na compreensão do Narcisismo Patológico e as relações de poder pelo viés da teoria psicanalítica. O modo como ocorrem as vivências na infância é fator determinante na formação da personalidade do sujeito. Desse modo, para a psicanálise, levam-se em conta os registros inconscientes que ficam marcados no psiquismo do sujeito. As relações de apego estabelecidas nesse período da infância são de extrema importância, principalmente em relação à figura materna, que por sua vez vai nomeando o sujeito as situações do mundo externo e lhe proporcionando uma base segura. Como objetivos específicos elenca-se: 1) Apresentar conceitualmente o narcisismo patológico e suas implicações, 2) Caracterizar aspectos fundamentais da Teoria do Apego de John Bowlby, 3) Traçar possíveis relações entre Teoria do Apego e Narcisismo Patológico, vinculado as relações de poder. Este trabalho tem relevância uma vez que estamos inseridos em uma sociedade com traços fortemente narcisistas. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica qualitativa de cunho exploratório e interpretativo, utilizando análise de conteúdo como referencial de análise. Para a realização deste trabalho, fez-se uso de livros e artigos com base na teoria psicanalítica, encontrados na Biblioteca Central da Universidade de Caxias do Sul e no acervo pessoal, referentes ao conceito de narcisismo e à Teoria do Apego. Os artigos foram obtidos na base de dados BVS-Psi e Scielo, com os descritores narcisismo patológico, narcisismo e poder e teoria do apego. Sendo assim, para a realização da análise, utilizou-se a série "Dilema - What/if", como artefato cultural, por ilustrar diversos comportamentos de um indivíduo com aspectos patológicos narcisista. Foi elaborado uma tabela e os resultados foram dispostos, classificados e organizados pelas seguintes categorias: contextualização histórica, aspectos patológicos do narcisismo e relações de poder. Os resultados apontam que a qualidade dos primeiros laços emocionais, vivenciados na infância e adolescência, influenciarão diretamente nos modelos de apego desenvolvidos, e influenciarão também na saúde mental futura dos indivíduos. Sujeitos com apego ansioso com evitação, desenvolvido por Anne, personagem principal, caracteriza-se por indivíduos que tiveram pais ausentes e indisponíveis emocionalmente, a criança cresce e acredita que será rejeitada e não terá a ajuda ou cuidado dos pais. Na vida adulta, o sujeito buscará pela autossuficiência e independência emocional, podendo ser diagnosticado com um narcisismo caracterizado como patológico (sic).
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- Psicologia - Bacharelado [243]