A questão do mal em Hannah Arendt
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Data
2014-07-03Autor
Scardueli, Adriana Maria Felimberti
Orientador
Nodari, Paulo César
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta dissertação apresenta a concepção de “banalidade do mal”, a partir da
perspectiva da filósofa-política Hannah Arendt (1906-1975). O objetivo na presente
dissertação é analisar os elementos constitutivos do fenômeno denominado mal
banal, fenômeno a partir do qual erigiu toda a problemática política do Ocidente a
partir do Totalitarismo. Procurar-se-á, neste trabalho, refletir acerca da falta de
responsabilidade dos cidadãos pertencentes a esta sociedade de massa dos
regimes totalitários do Século XX. Segundo Arendt, é a pretensão da dominação
total do homem, o núcleo do qual se pode pensar o mal nas experiências totalitárias.
Ao relatar e analisar o julgamento de Otto Adolf Eichmann, funcionário do Governo
Nazista, Arendt se deteve sobre a questão da responsabilidade do réu em questão.
Eichmann apenas cumpria ordens, sendo assim ele não era um monstro, ou um
sádico e muito menos um pervertido. Ao contrário, ele era um homem normal. Por
isso, o mal causado por Eichmann e pelo Governo Totalitário, não pode ser punido
ou perdoado, é preciso compreender o que aconteceu, para que este mal não volte
a acontecer no futuro. Para Arendt, esta lógica, de pessoas normais cometendo
crimes que não podem ser punidos ou perdoados, pode ser mudada. Mas para isso,
é preciso que o ser humano pense, reflita e se responsabilize pelos seus atos, além
de que também é preciso o restabelecimento da moralidade política com o amor
mundi, que é o desejo que o mundo seja preservado para as futuras gerações.