Atravessamentos e Implicações na vida acadêmica de estudantes autistas no Ensino Superior
Fecha
2025-01-23Autor
Emer, Erisson Teixeira
Orientador
Bisol, Cláudia Alquati
Metadatos
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Esta pesquisa está circunscrita no programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Caxias do Sul, sob a linha de pesquisa: Processos Educacionais, Linguagem, Tecnologia e Inclusão, objetiva compreender os atravessamentos e implicações na vida acadêmica de jovens autistas. Para tanto, trilha-se um percurso inicialmente teórico que abordará a questão da deficiência sob as perspectivas do modelo médico da deficiência e do modelo social da deficiência, ambos parte da corrente teórica Disability studies que surge como espaço para repensar e analisar a deficiência e suas implicações, é sustentada por intelectuais com deficiência. Constatam que as abordagens da deficiência perpassam os séculos e deixam marcas históricas e subjetivas nos sujeitos assim definidos. No primeiro momento deste trabalho, faz-se uma imersão nas perspectivas da educação no que tange as pessoas com deficiência e públicos alvo das
perspectivas de educação especial até a educação inclusiva. Tal percurso, para o autismo, se dá em paralelo com a deficiência, contudo o surgimento da proposta da neurodiversidade tensiona os discursos patologizantes e os estigmas sociais que se aplicam ao autismo. Com isso, sob a análise de dados de Bardin (2011), às máximas éticas e sob a metodologia de entrevista semi-estruturada desenvolve-se
uma pesquisa empírica com seis jovens autistas regularmente matriculados em alguma instituição de ensino superior para, sobretudo, escutar e poder analisar as perspectivas, atravessamentos, angústias e conquistas que esses jovens vivenciam na academia. Os resultados foram organizados em três categorias: a) Compreensão de si; b) O outro e A mãe; e c) Do Eu autista na Universidade. Os resultados revelam inicialmente as marcas profundas que os atravessamentos subjetivos e práticos que o meio social e a universidade provocam no indivíduo. Outrossim, pode-se constatar que a subjetividade desses sujeitos é marcada pelos estigmas sociais e pelas afirmações e delimitações aplicadas aos sujeitos autistas. Por fim, alguns horizontes desenham-se a partir da imersão nas narrativas e análises que podem ser caminhos para a inclusão sob a perspectiva da educação inclusiva que consistem primeiramente na execução das pesquisas dessa natureza se darem com protagonismo dos sujeitos centrais dela e para além, ser possibilidade de alargamento das margens sociais e ampliação de espaços para os sujeitos autistas. [resumo fornecido pelo autor]