A depressão é um dos transtornos mentais que mais causa incapacitação na população mundial. Está associada a sofrimento e consequências significativas nas diversas áreas da vida social e ocupacional do indivíduo. A depressão atinge também a adolescência, uma etapa de vida marcada por mudanças corporais, conflitos, descobertas, busca da identidade e pelo distanciamento com relação a figuras parentais. Assim, considerando que o entorno tem papel fundamental nesse período do desenvolvimento, o objetivo geral dessa pesquisa é investigar as possíveis relações entre os estilos parentais com a depressão na adolescência. O estudo foi delineado a partir de uma pesquisa qualitativa, de caráter descritiva e explicativa. A coleta de dados foi através das seguintes base eletrônicas Scielo e Periódicos da CAPES, com artigos publicados entre 2015 a 2019. A busca do material foi organizada através de temáticas que atendessem aos objetivos específicos da pesquisa, com os artigos selecionados apresentados em forma de tabelas. Para ajudar no processo de elaboração da discussão, para cada obra escolhida foi confeccionada uma ficha de leitura, elencando os principais pontos do artigo. Os artigos foram analisados conforme sua temática a partir de uma leitura interpretativa, para explorar os fatores relacionados ao tema. Os resultados encontrados foram organizados em tabelas, a partir dos assuntos temáticos categorizados que atendessem aos objetivos específicos da pesquisa, são eles: adolescência e fase do desenvolvimento, depressão na adolescência, e estilos parentais e depressão na adolescência. Por meio das temáticas analisadas, foi possível apurar que o adolescente, diante de tantas transformações nos níveis biopsicossociais, pode desencadear sofrimento psíquico, dentre eles a depressão. Seu impacto atinge de maneira singular os adolescentes, além de ser um fator de risco para o suicídio. Essa doença multifacetada, desenvolve-se por influência de vários fatores, dentre eles o contexto familiar. Assim, a família mostra-se tanto como um fator protetivo, mas também de risco. Nessa interação entre pais e filhos, conclui-se que o estilo parental negligente é um fator de risco para os sintomas depressivos em adolescentes. Considerando o papel do psicólogo, percebe-se que há muito para se trabalhar com os adolescentes e seus pais, na prática clínica e nas demais áreas de atuação da psicologia. Assim, uma estratégia pensada é a de realizar intervenções preventivas que fortaleçam o funcionamento familiar saudável. [resumo fornecido pelo autor]