Desenvolvimento de suportes porosos de poliuretano/poli(ácido láctico) produzidos por fluido supercrítico para aplicação em engenharia de tecidos
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Data
2016-11-28Autor
Savaris, Michele
Orientador
Brandalise, Rosmary Nichele
Metadata
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O desenvolvimento de biomateriais com características necessárias para auxiliar na recuperação de tecidos danificados por acidente ou doença é um dos maiores desafios no meio científico que envolve as áreas da medicina e da engenharia. Esses biomateriais podem ser aplicados na engenharia de tecidos como suporte poroso (scaffolds) que se assemelham a matriz extracelular, funcionando como uma estrutura temporária para a proliferação de células e reconstrução de novos órgãos e tecidos. Visando avaliar o potencial uso de suportes porosos como biomaterial, este trabalho propõe o desenvolvimento e caracterização de suportes porosos de poliuretano (PU), poli(ácido lático) (PDLLA) e poliuretano/poli(ácido láctico) (PU/PDLLA) produzidos por fluido supercrítico pela técnica de formação de espuma por gás (gas foaming). Os polímeros puros e a mistura foram caracterizados, na forma de filmes, por cromatografia de permeação de gel (GPC), análise reológica, termogravimetria (TG), calorimetria exploratória diferencial (DSC) e microscopia eletrônica de varredura com emissão de campo (MEV-FEG). Após a expansão, na forma de suportes porosos, as amostras foram caracterizadas por MEV-FEG, tamanho de poros, densidade, propriedades mecânicas e testes in vitro de citotoxicidade e adesão celular com 1, 4 e 6 dias de exposição. Na caracterização dos filmes, a amostra PU/PDLLA apresentou características intermediárias aos polímeros puros, evidenciando o comportamento dos dois polímeros na amostra, sem separação de fases na micrografia por MEV-FEG e distribuição bimodal de massa molar por GPC. Os suportes porosos apresentaram interconectividade e tamanho de poros de 141 μm ± 108 μm para o PU e 52 μm ± 32 μm para o PDLLA. A amostra PU/PDLLA apresentou uma estrutura bimodal, na qual o PU na mistura possui poros de 75 μm ± 57 μm, enquanto que, para o PDLLA, o tamanho de poros foi de 19 μm ± 12 μm. Os testes in vitro comprovaram a adesão das células L929 nos suportes porosos de PUsp, PDLLAsp e PU/PDLLAsp e os mesmos não apresentaram efeito citotóxico. Por fim, conclui-se que é possível produzir suportes porosos de PU, PDLLA e PU/PDLLA por fluido supercrítico, os quais podem ser aplicados como biomateriais.