Adequação de parâmetros físicos e químicos de efluente industrial e relação com a toxicidade
Data
2015-10-19Autore
Chissini, Carina Rejane Carvalho
Orientador
Lanzer, Rosane Maria
Metadata
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A identificação dos possíveis parâmetros determinantes da toxicidade em efluente industrial buscando a redução da carga poluidora auxilia na minimização dos efeitos tóxicos decorrentes do lançamento de efluente industrial em um corpo receptor de forma a preservar a biota aquática. O objetivo deste estudo foi adequar os parâmetros físicos e químicos e o fator de toxicidade à legislação ambiental.O estudo foi dividido em três etapas realizadas ao longo de outubro de 2010 a fevereiro de 2015. A Etapa 1 incluiu as análises físicas, químicas e toxicológicas de amostras coletadas no período entre outubro de 2010 e novembro de 2012, anterior às modificações realizadas na linha de tratamento superficial. A Etapa 2, realizada após alterações feitas na linha de tratamento, apresenta os resultados das análises físicas, químicas e toxicológicas feitas entre julho e setembro de 2013. A Etapa 3 mostra a caracterização física, química e toxicológica do efluente entre janeiro de 2014 e fevereiro de 2015, depois de executadas adequações no tratamento de efluentes. Entre as 14 amostras de efluente tratado analisadas, sete pertencem à Etapa 1 (Amostras 1 a 7); duas à Etapa 2 (Amostras 8 e 9) e cinco à Etapa 3 (Amostras 10 a 14). As análises físicas, químicas e toxicológicas foram efetuadas em laboratórios credenciados junto ao órgão ambiental. Considerando-se a natureza complexa dos efluentes industriais, a análise dos resultados obtidos revela melhoria na qualidade do efluente tratado com adequação à legislação vigente, em relação aos parâmetros físicos e químicos. A redução dos metais zinco, ferro e níquel teve êxito com a instalação do filtro prensa. O uso de carvão em pó possibilitou a adequação do parâmetro surfactante. Foi constatada, na Etapa 2, a adequação do efluente junto à CONSEMA 129/2006. A verificação do pH por meio de equipamento de medida, a partir da Etapa 3, não possibilita o ajuste deste parâmetro, mas permitiu o melhor controle do pH do efluente tratado. As modificações efetuadas permitiram a adequação do efluente ao padrão de lançamento quanto aos parâmetros físicos e químicos. No entanto, foi observado um aumento de toxicidade no efluente provavelmente devido ao mecanismo utilizado na redução dos surfactantes. Com base nestas informações, devem ser definidas outras estratégias e metas na tentativa de atender à legislação quanto à toxicidade antes do descarte no corpo receptor.