Comparação entre curvas típicas e curvas medidas de carga de metalúrgicas alimentadas em média tensão
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Data
2021-12-16Autore
Dalla Palma, Elisa Pinheiro
Orientador
Michel, André Bernardes
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A ascensão do setor elétrico no Brasil, se dá pelo aumento significativo do consumo de energia nas ultimas décadas. O planejamento técnico e econômico por parte das concessionárias e distribuidoras é de extrema importância, para que seja possível tornar o setor elétrico cada dia mais eficiente. A análise das curvas típicas de carga possibilita uma maior qualidade na entrega de energia, auxiliando nos cálculos de perdas, previsão de demanda, níveis de tensão futuros em determinado local, tarifas e investimentos. Pelo Brasil possuir um território extenso, cada região possui características particulares, então adequar as curvas típicas de carga para cada realidade é fundamental. Atualmente a indústria é responsável por 34,8% do consumo de energia elétrica no Brasil, sendo que 23,5% da energia utilizada no ramo industrial é consumida por metalúrgicas. A partir dessa abordagem, a proposta deste trabalho foi comparar as curvas típicas de carga de metalúrgicas atendidas em média tensão, que possuem transformador elétrico de 300kVA, 500kVA e 750kVA com medições efetuadas em indústrias de igual característica em Caxias do Sul. Para o fator de utilização, o maior erro percentual entre o valor típico e o valor medido foi obtido nas metalúrgicas que possuem transformador de 500kVA de potência, chegando a 51,79% de erro. As metalúrgicas de 300kVA apresentaram um erro de 37,67% para o fator de utilização e as de 750kVA um erro de 31,80%. Já para o fator de carga, o maior erro percentual entre o valor típico e o valor medido foi obtido nas metalúrgicas que possuem transformador de 750kVA de potência, chegando a 15,76% de erro. As metalúrgicas de 300kVA apresentaram um erro baixo de 3,06% para o fator de utilização e as de 500kVA um erro de 11,41%. Foram gerados coeficientes de correção para cada um dos cinco patamares de demanda, conforme estratificação, utilizando a padronização em que o erro foi menor, a da demanda máxima. Para as metalúrgicas de 300kVA, o coeficiente proposto mais significativo foi o do quarto patamar, no valor de 0,524, alterando o novo valor para 52,4% do valor antigo. Já para as metalúrgicas de 500kVA, o coeficiente proposto mais significativo foi o do quinto patamar, no valor de 1,951 e para as de 750kVA foi o do quinto patamar, no valor de 2,012. Foi constatado que as curvas típicas de cargas de metalúrgicas atendidas em média tensão necessitam ser adequadas conforme cada realidade, principalmente o primeiro, quarto e quinto patamar. [resumo fornecido pelo autor]