Navegando por territórios de formação docente permanente no ensino de geografia em Lages, Santa Catarina, Brasil: o local e o global em diálogo
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Data
2022-11-18Autor
Oliveira, Cristian Roberto Antunes de
Orientador
Luchese, Terciane Ângela
Metadata
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Este trabalho tem como objetivo geral analisar as políticas públicas de 2012 a 2021 na formação permanente dos professores de Geografia do Sistema Municipal de Educação de Lages, Santa Catarina, Brasil e como implicam (ou não) em sua práxis. Ressalto que escolho como ponto de partida para o escopo teórico ancorar minha tese em uma metáfora. A articulação metafórica entre vida e navegação é um daqueles lugares-comuns da poesia que parece não sofrer desgaste. Minha opção se dá a partir de uma viagem, que escolhe como rota cartográfica a Formação Permanente de Professores de Geografia, Ensino de Geografia nas Políticas Públicas Curriculares e Práxis Pedagógica. Compreendo que seja necessário entender como as políticas públicas para a Educação Básica, que orientam a formação de professores de Geografia do Sistema Municipal de Educação de Lages, implicam no fazer pedagógico docente a partir da
práxis. As políticas curriculares não são neutras, encontram-se permeadas por discursos, disputas, ideologias, interesses políticos e relações de poder. No ensino de Geografia isso se torna ainda mais evidente por meio das escolhas epistemológicas dos currículos, bem como pela forma como os docentes entendem essas orientações, como aliadas de sua prática (ou não). Defino minha base empírica amparado em escutar professores e professores formadores, além da pesquisa documental e, por fim, a utilização do Sistema de Informação Geográfica (SIG), que se entrelaça com o objeto investigativo no papel que assumo como cartógrafo pesquisador, sendo o cartógrafo responsável pela elaboração e confecção de cartas e mapas. Na cartografia da tese, oriento-me pelos pontos cardeais, definidos esses como os objetivos específicos: a) analisar o espaço da Geografia nas políticas públicas que orientam a formação permanente de professores, da esfera local à global; b) investigar quais os resultados de novas políticas públicas, na elaboração dos currículos do ensino de Geografia; c) descrever como são realizados e organizados os momentos de formação permanente no Sistema Municipal de Educação de Lages, a partir de documentos e percepções dos professores de Geografia; d) verificar, a partir das narrativas dos docentes, se as mudanças nas políticas públicas e a formação permanente dos professores de Geografia articulam-se ao seu fazer pedagógico. O navio que nos acompanha pela analogia da metáfora perpassa pela cooperação das partes que o compõem, sobretudo de quem as capitaneia. Assumo a necessidade de me posicionar diante da pesquisa realizada, concebendo a tese que defendo a partir da seguinte acepção: As políticas públicas curriculares para a Educação Básica, do local ao global em diálogo, que orientam a formação docente permanente em Geografia no Sistema Municipal de Educação de Lages, Santa Catarina, Brasil,
estão correlacionadas de forma fragmentada com a educação permanente. Nem todos os professores têm condições de trabalho que favoreçam a participação nos encontros de formação, bem como há uma contradição no sentido atribuído aos encontros de estudos, pois alguns dissociam as teorias com a prática docente, o que implica em saberes e fazeres pedagógicos distantes do cotidiano de formação dos professores e professores formadores, o que pouco reverbera na práxis. [resumo fornecido pelo autor]