Em pouco mais de 10 anos, a população brasileira será predominantemente idosa, sendo que a maioria dos cidadãos estará na faixa dos 60 anos ou mais (Saad, 2019). Somado a esse fenômeno demográfico, há uma mudança na forma de envelhecer atualmente, em que idosos vivenciam seu envelhecimento ativo. O envelhecimento ativo se refere a indivíduos que constroem seu bem estar mental, físico e social e participam ativamente das construções sociais (OMS, 2005). Para isso, o Estado é responsável pela implementação de políticas públicas de saúde voltadas à promoção da assistência íntegra para atender a população (Mendonça & Silva, 2014). Contudo, será que a gestão pública de saúde está preparada para contemplar essa parcela da população e atendê-la de forma adequada, considerando o envelhecimento ativo? Sendo assim, esse trabalho tem como objetivo identificar possíveis desafios da implementação de políticas públicas de saúde em relação ao envelhecimento ativo da população brasileira. Para tal, foi realizado um estudo qualitativo, de cunho exploratório, por meio da realização de pesquisas na base científica Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). O período das publicações foi dos anos de 2017 até 2021. Referente ao material selecionado, estes foram categorizados com base no emparelhamento de Laville e Dionne (1999), à posteriori. O instrumento utilizado foi uma tabela, que contém categorizados os descritores da pesquisa e o referencial de análise realizado por meio da revisão sistemática dos conteúdos. Foi encontrado na literatura pesquisada, desafios da implementação de políticas públicas de saúde, como por exemplo, a implementação não ocorrer como esperado, dificuldade de recursos financeiros, desafios políticos, falta de aderência por parte dos usuários, burocracia, entre outros impasses. Contudo, concomitante a esses desafios, a população brasileira está envelhecendo e há escassez de políticas públicas de saúde que contemplem idosos, sobretudo aqueles que vivenciam seu envelhecimento ativo. Diante desses desafios é necessário que profissionais dos setores como saúde, assistência social, educação, mercado de trabalho, transporte e segurança, associados à gestão pública mobilizem a população para compreenderem o conceito de envelhecimento ativo. Portanto, é fundamental convidar os cidadãos a refletirem sobre o seu processo de envelhecimento e estarem dispostos a propor formatos de políticas públicas de saúde, que contemplem essa parcela da população. [resumo fornecido pelo autor]