Institucionalização na primeira infância: possíveis repercussões numa visão psicanalítica
Fecha
2022-12-13Autor
Reis, Rita de Cassia D´Avila
Orientador
Cemin, Tânia Maria
Metadatos
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O presente trabalho busca identificar possíveis repercussões no desenvolvimento psicológico em função de uma institucionalização, quando esta ocorre na primeira infância, pela ótica da psicanálise. Busca, também, apresentar as principais características do desenvolvimento psicológico infantil na primeira infância, de acordo com as teorias psicanalíticas; caracterizar as mais diversas formas de instituições de acolhimento existentes no Brasil; e descrever aspectos fundamentais sobre relações das crianças com seus cuidadores em abrigos institucionais, na perspectiva winnicottiana. Para isso, aborda-se o processo de desenvolvimento psicológico infantil e a importância das relações nos primeiros anos de vida. Também descreve a história das instituições de acolhimento no Brasil e sua evolução através da criação de leis que garantem a proteção de crianças e adolescentes, caracterizando os diversos tipos de instituições de acolhimento. Por fim, é abordada a importância das relações que são construídas na primeira infância, ressaltando o caso das crianças que vivem em abrigos, com os seus cuidadores, os vínculos que são formados e as possíveis dificuldades encontradas. Como método é utilizado o delineamento de uma pesquisa qualitativa, do tipo exploratória, descritiva e interpretativa, tendo como fonte para análise o documentário "O que o destino me mandar" da jornalista Ângela Bastos (2006), que aborda a fala de crianças que vivem em abrigos e dos profissionais que atuam neles. A partir da coleta e análise de recortes desse artefato cultural foram criadas três categorias de análise: "Questões relacionadas à família de origem", "Estrutura da instituição - funcionamento, rotina e regras" e "Relações com cuidadores e entre as crianças". O referencial de análise utilizado foi a análise de conteúdo proposta por Laville e Dionne (1999). A discussão baseada nas categorias analisadas aponta que a institucionalização é um momento que gera ansiedade e medo para a criança, independentemente de como eram seus vínculos com sua família de origem. Também foi possível identificar que há uma certa dificuldade na criação de vínculos dentro das instituições de acolhimento, mas que ao mesmo tempo essas relações são fundamentais para ressignificar as experiências iniciais com suas famílias de origem. Portanto, pode-se considerar que há repercussões que podem atrapalhar um desenvolvimento psicológico sadio, entretanto há aspectos que podem auxiliar na ressignificação da história dessas crianças, por meio da criação de vínculos e experiências. [resumo fornecido pelo autor]
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