O estágio curricular obrigatório foi realizado durante o período de 6 de agosto de 2018 à 19 de outubro de 2018, no Hospital de Clínica Veterinária (HCV) do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) localizada em Lages com supervisão do Prof. Dr. Paulo Eduardo Ferian e na Clínica Veterinária Luciana Guidolin localizada em Caxias do Sul com supervisão da Médica Veterinária Luciana Guidolin, e com a orientação do Prof. Dr. Eduardo Conceição de Oliveira. Este trabalho teve como objetivo apresentar os locais de estágio e descrever as atividades executadas na Clínica de Pequenos Animais, com a apresentação da casuística e descrever dois casos clínicos acompanhados. Durante o estágio no CAV - UDESC foi possível acompanhar a rotina clínica em cães e gatos, desde a obtenção de dados, a realização de exames clínicos, coleta e execução de exames complementares e a determinação da terapia instituída. A partir da análise dos dados coletados no HCV - UDESC, percebeu-se que o número de atendimentos em caninos em relação a felinos foi muito maior, chegando a cerca de 85%. Os sistemas mais acometidos foram o tegumentar (23%) e digestivo (16%). Dentre os sistemas, pode-se notar grande quantidade de casos envolvendo lacerações cutâneas, cinomose canina, piometra e fraturas. Na Clínica Veterinária Luciana Guidolin pode-se acompanhar a rotina do internamento e dos atendimentos clínicos. Durante as consultas foi possível acompanhar os exames clínicos, a coleta e execução de exames complementares. Dentre os casos acompanhados, houve maior prevalência de atendimentos em caninos do que felinos, e a faixa etária mais acompanhada foi entre cinco e sete anos de idade. Os sistemas mais acometidos foram o tegumentar (33%), sensorial (20%) e o geniturinário (16%). Notou-se uma grande incidência de otite externa em caninos e maior número de dermatite em felinos. Dentre os casos acompanhados, foram selecionados dois casos clínicos para serem relatados. O primeiro caso correspondeu a uma intoxicação por cumarínico em um canino, causado por ingesta acidental deste rodenticida. O diagnóstico foi confirmado com auxílio da anamnese e com testes de coagulação de tempo de protrombina (TP) e tempo parcial de tromboplastina ativada (TTPA). O canino foi tratado com o antídoto fitomenadiona por 30 dias consecutivos. O segundo caso clínico, correspondeu a uma demodiciose em felino fêmea, soropositivo para FIV, que apresentava lesões cutâneas generalizadas. O animal após sete dias de tratamento com ivermectina apresentou melhoras dos sinais clínicos, mesmo assim, indicou-se dar continuidade do tratamento para ser realizado alta clínica somente após negatividade em raspado de pele superficial. [resumo fornecido pelo autor]