A felicidade no Brasil sob a ótica do ranking mundial da felicidade
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Data
2024-02-23Autor
Pereira, Ricardo Dutra
Orientador
Corá, Jacqueline Maria
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Apesar do crescimento econômico que ocorreu a partir da segunda metade do século XX, na maioria dos países, seus cidadãos não estão mais felizes. Observa-se um paradoxo, uma sociedade com rendimentos cada vez mais elevados, mas que tem proporcionado pouco ou nenhum aumento na felicidade de seus cidadãos. Além disso, se de um lado existe uma sociedade mais próspera e rica, de outro é crescente o número de pessoas insatisfeitas que carecem de ajuda do Estado para suprir suas necessidades básicas. No Brasil, a situação não é diferente. Embora a economia tenha crescido nos últimos anos, o nível de satisfação tem diminuído significativamente. Assim, o objetivo deste estudo consiste em analisar o nível de felicidade no Brasil, como base no Relatório Mundial da Felicidade. Além disso, busca-se estabelecer uma comparação entre o Brasil e os países nórdicos, que de forma consistente mantém-se entre as dez nações mais felizes do mundo. Para realização deste estudo, o trabalho está estruturado com base na filosofia e nos economistas do bem-estar, e também no pensamento de Amartya Sen sobre o desenvolvimento como um meio para a felicidade. Para atender o objetivo, a metodologia empregada neste estudo envolve, inicialmente, uma abordagem histórica e descritiva, contribuindo para a compreensão do tema em questão. Na sequência tem-se uma análise qualitativa de natureza exploratória, fundamentada na avaliação do Ranking Mundial da Felicidade. A partir da análise realizada, foi possível constatar que os países nórdicos se destacam por um ciclo virtuoso, onde diversos indicadores econômicos e sociais essenciais para o bem-estar da sociedade estão presentes. Este cenário é caracterizado por um funcionamento eficiente da democracia, oferta abrangente de benefícios sociais, baixos índices de criminalidade e corrupção, além de uma população satisfeita devido à sensação de liberdade e confiança nas instituições governamentais. No caso do Brasil, apesar de apresentar crescimento econômico que, em alguns casos, é até superior ao de alguns países nórdicos, seu desempenho insatisfatório em termos de felicidade é atribuído a fatores como desigualdade social significativa, qualidade insuficiente da educação, precariedade do sistema de saúde pública, bem como a prevalência do medo, da violência e corrupção. [resumo fornecido pelo autor]
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- Ciências Econômicas [63]