dc.description | Constantemente os recursos hídricos são afetados pelos descartes impróprios de indústrias, os quais apresentam diversos contaminantes. Destes contaminantes presentes nos efluentes industriais, destaca-se o alumínio, um elemento com elevado potencial poluente devido à sua toxicidade. Além disso, o alumínio causa diversos problemas de saúde, especialmente relacionados ao sistema neurológico. Por conseguinte, o estudo em questão, visa buscar uma alternativa de tratamento de efluentes para remoção dos íons alumínio através do processo de separação por membranas conhecido como osmose inversa, com a finalidade de reutilizar totalmente os efluentes provenientes do processo de uma indústria cervejeira, adequando os efluentes conforme especificado pelo Ministério da Saúde na Portaria nº 5 de 2017 que destaca limites de 0,2 mg/L de alumínio na água. Com o propósito de alcançar esse objetivo, foram utilizadas quatro soluções sintéticas de sulfato de alumínio (Al2SO4) na alimentação do módulo de osmose inversa. As soluções aquosas foram feitas a partir da diluição do sulfato de alumínio, com o foco em analisar o comportamento de quatro concentrações diferentes de alumínio: Solução A (0,5 mg Al/L), B (1 mg Al/L), C (3 mg Al/L) e D (6 mg Al/L). Durante os testes com a membrana de osmose inversa, composta por polissulfona com camada seletiva de poliamida, foram realizados previamente ensaios de compactação e de permeabilidade hidráulica, recirculando água destilada pelo sistema. Após os ensaios de retenção com cada solução, a membrana de osmose inversa apresentou resultados promissores, atingindo valores para este parâmetro superiores à 90% em todos os testes, mantendo uma média superior à 96%. Em paralelo, foi avaliado o fenômeno de fouling, causado pela presença dos íons alumínio, o qual se mostrou presente após os ensaios. O fouling foi completamente removido através da limpeza química realizada a partir da metodologia proposta, restaurando também o desempenho inicial da membrana em todas as análises. A osmose inversa demonstrou grande potencial para o tratamento e remoção dos íons de alumínio de efluentes. Entretanto, é preciso um estudo mais detalhado neste contexto para que o processo possa ser efetivamente aplicado em escala real, visto que talvez haja a necessidade de pré-tratamentos para reduzir a frequência de limpezas na membrana. [resumo fornecido pelo autor] | pt_BR |