A relação das alterações da microbiota intestinal com a doença de Alzheimer: uma revisão sistemática da literatura
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Data
2024-07-17Autor
Alievi, Bruna
Orientador
Colombo, Rafael
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Mostrar registro completoResumo
A doença de Alzheimer (DA) é uma patologia neurodegenerativa progressiva que afeta as funções cognitivas e da memória, representando até 70% dos casos de demência em idosos no mundo. Estima-se que cerca de 50 milhões de pessoas vivam com demência em todo o mundo, e esse número pode triplicar até 2050, especialmente em países de baixa e média renda, que já concentram dois terços das pessoas com demência. A DA, devido ao envelhecimento da população, tem crescido exponencialmente, representando um desafio urgente de saúde pública no século XXI. Fatores genéticos, ambientais e
neuroinflamação desempenham um papel significativo na sua etiologia. Além das alterações citadas, outros fatores envolvidos com a sua etiologia começam a ganhar mais atenção da comunidade cientifica. Dentre esses fatores, destacam-se as alterações na microbiota intestinal e sua possível relação com a DA, que influenciam a gravidade da doença através da neuroinflamação exacerbada e a comunicação pelo eixo microbiotacérebro. Esta revisão sistemática visa analisar as alterações no perfil da microbiota intestinal de indivíduos com a DA em comparação com indivíduos saudáveis. Os resultados mostram que o desequilíbrio na microbiota está associado ao desenvolvimento e progressão da DA. A produção da proteína beta-amilóide (Aß) e a disfunção mitocondrial são centrais na patogênese, levando ao estresse oxidativo e ao desequilíbrio do cálcio intracelular. Receptores acoplados à proteína G e a hiperativação da via mTOR também são importantes devido ao acúmulo de Aß. Este achado sugere que a microbiota intestinal pode desempenhar um papel importante na patogênese da DA, abrindo novas
perspectivas para a identificação de biomarcadores e desenvolvimento de intervenções terapêuticas. Assim, este estudo contribui para a compreensão da relação entre a saúde intestinal e a neurodegeneração, indicando que a modulação da microbiota intestinal pode ser uma estratégia promissora para o diagnóstico precoce e tratamento da DA. [resumo fornecido pelo autor]