Competências essenciais nas redes colaborativas em instituições de ensino superior comunitário no RS : caso COMUNG
Date
2016-12-16Author
Campagnolo, Leana
Orientador
Camargo, Maria Emilia
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O crescimento individual e coletivo está cada vez mais presente nas instituições, com isso, deve haver adequação das pessoas dentro do campo de trabalho em que estão inseridas, a fim de que, progressivamente, alcancem as metas definidas; e é a partir dessa ideia que as teorias de competências ajudam a aprimorar na parte prática das instituições. As competências são consideradas as maneiras e atos em que o ser humano consegue fazer a transferência de conhecimento com valor agregado para as demais pessoas ou organizações. Essas competências, dentro das organizações, são necessárias para as empresas que desejam participar de alguma rede colaborativa, pois é por meio de competências que as redes conseguirão manter-se, pois as organizações precisam cooperar entre si com suas melhores competências para atingirem os objetivos estabelecidos por elas. É por meio dos conceitos de competências e redes colaborativas que o trabalho é desenvolvimento em um Consórcio de Instituições de Ensino Superior Comunitário no RS – o COMUNG, do qual 15 instituições comunitárias fazem parte. Este trabalho tem como objetivo geral, identificar e analisar quais são as áreas e quais as competências essenciais das IES participantes do COMUNG para contribuição de melhorias na rede colaborativa. Para o desenvolvimento deste estudo de caso, foi feita revisão teórica por meio de livros impressos e digitais, dissertações e teses, do site das IES e de documentos. Para a pesquisa empírica, foram aplicados os questionários, tendo um retorno de dez universidades. Como resultado, verificou-se que as áreas que possuem maior competência dentro da rede colaborativa, que é o COMUNG, são: a gestão universitária, a gestão de pessoas, a de gestão de educação, a imagem/produtos/serviços, a gestão política, a gestão financeira, a estrutura física e internacionalização, a comunidade e regionalidade onde estão inseridas as universidades. Na dimensão redes colaborativas, 100% dos respondentes acreditam que houve melhorias após a participação da IES na rede, mas também 40% acreditam que sem a rede teriam conseguido alcançar os objetivos traçados por eles. Em contrapartida, 60% citaram que não teriam conseguido alcançar os mesmos objetivos que em conjunto alcançaram. Na última dimensão, que é o consórcio, os respondentes citaram que houve sim benefícios por fazerem parte do consórcio, quais sejam: maior representatividade, troca de experiências entre os representantes do COMUNG, a gestão universitária, assim como sua imagem/produtos/serviços foram citadas como beneficiárias. Ainda a gestão de pessoas, a estrutura e a qualidade de ensino foram atingidas positivamente. As universidades acreditam que não há muito controle sobre os benefícios e a maioria cita que são feitos através de reuniões, redes, sociais, e-mails institucionais, ações pontuais, eventos, entre outros; porém, o que nota-se também é que há instituições que não fazem nem ideia de como isso é feito e se é feito. Ainda, os representantes acreditam que deveriam criar uma metodologia para controlar e avaliar esses benefícios e os resultados obtidos após a construção do consórcio, pois hoje não são feitas essas avaliações ou, como citado anteriormente, são realizadas pela gestão universitária, pela visualização de e-mails e quantidades de reuniões que fazem no decorrer do ano, dos eventos que elaboram, do tamanho da internacionalização que têm, pois acreditam que esta também deveria ter uma importância maior, assim como a imagem/produto/serviços da universidade. Para chegar a essas conclusões, a interpretação e análise dos resultados foi feita após aplicação do questionário acompanhado do embasamento teórico de competências e redes colaborativas a aplicabilidade dos questionários no Software Atlas TI. Como contribuições do estudo, verificou-se a importância em fortalecer a rede colaborativa; dar maior importância para a continuidade da rede; criar uma central fixa da rede; usar a rede para adquirir produtos com menor custo; promover eventos com as universidades participantes do COMUNG; discutir todos temas para o engrandecimento da rede, e não apenas alguns, evitando os demais; buscar, por meio de eventos nacionais e internacionais, aprimorar as universidades, assim como o seu trabalho para os alunos, funcionários e docentes; usar a rede para conseguir novas conquistas; criar um sistema de controle de benefícios e avaliações dos resultados; e desenvolver, em maior escala, a internacionalização.