A depressão é um dos transtornos mentais mais prevalentes no mundo. Afeta milhões de pessoas, comprometendo o humor, a energia, o prazer e a qualidade de vida e, portanto, causando incapacidade. Entre os tratamentos disponíveis, destaca-se a ativação comportamental - uma forma de psicoterapia que promove mudanças emocionais e comportamentais. O objetivo geral do trabalho de conclusão de curso é identificar possíveis aplicações da ativação comportamental no manejo da depressão. Os objetivos específicos são: caracterizar fatores de risco, sintomatologia, prevalência e terapêutica da depressão e apresentar um panorama sobre a ativação comportamental. A revisão da literatura é organizada de modo a contemplar os objetivos específicos. Realiza-se uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório e descritivo. Como fontes, utilizaram-se vinte e seis artigos disponíveis na base de dados do Portal de Periódicos da CAPES, publicados entre 2019 e 2024. O instrumento compreendeu uma ficha de documentação, composta dos itens: título, autores, ano de publicação, periódico, objetivo, tipo de intervenção, participantes, protocolo utilizado, resultados e discussões. Os dados foram sistematizados e analisados seguindo os passos de uma revisão integrativa de literatura. A discussão foi organizada em cinco temáticas compreendidas com base na literatura, sendo elas: avaliação de eficácia e efeitos; aplicações on-line ou mediadas por tecnologias; protocolos utilizados; intervenções feitas por não psicólogos; e aplicações com adaptações culturais. Os resultados apontam para eficácia da aplicação da ativação comportamental no manejo da depressão tanto na modalidade offline como on-line, mediada por tecnologia, e em populações diversas. Verificou-se a flexibilidade da ativação comportamental no que diz respeito à adaptação cultural. Além disso, foi possível perceber a presença de não psicólogos como aplicadores da terapia, sendo eles outros profissionais da saúde e leigos. No entanto, os estudos não apresentaram homogeneidade nos protocolos utilizados. Por fim, pode-se considerar a ativação comportamental como uma terapia promissora em contextos nos quais há a falta de profissionais especializados, por adequar-se como um tratamento simples e flexível. No contexto brasileiro, a regulamentação ética dessas práticas é um ponto central para a implementação segura da terapia em formato remoto. [resumo fornecido pelo autor]