Gestão ambiental: eco eficiência a caminho da sustentabilidade: o caso do segmento moveleiro da Serra Gaúcha
Mostra/ Apri
Data
2014-05-20Autore
Rossetti, Eraida Kliper
Orientador
Fachinelli, Ana Cristina
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A concentração de milhões de pessoas nos centros urbanos tem deixado grande parte da população sem nenhuma perspectiva de atendimento às suas necessidades mais elementares, como alimentação, moradia, abastecimento de água, tratamento sanitário, serviços de coleta, destinação do lixo urbano e drenagem fluvial, fatores essenciais para a saúde da população. A preocupação com os impactos da atividade humana no meio ambiente, aliada ao ritmo acelerado da industrialização e à busca do aumento de produtividade como forma de maximizar os lucros em detrimento à preservação e ao uso racional dos recursos naturais disponíveis, conduziu a sociedade, de modo geral e, em específico, as autoridades governamentais e as organizações privadas, a buscar um novo modelo onde seja possível conciliar crescimento econômico e meio ambiente, reconhecido como crescimento sustentável. Nesse contexto, este trabalho tratará de um caso com segmento moveleiro da serra gaúcha, levando-se em conta sua representatividade - quarenta e cinco por cento da produção de móveis do estado e vinte por cento da produção moveleira nacional, que a exemplo de outros segmentos, gera em seus processos produtivos diferentes tipos de resíduos, efluentes e emissões atmosféricas que podem contribuir para o agravamento da problemática ambiental, quer seja em forma de poluição e/ou subutilização dos recursos disponíveis. Portanto, diante desse cenário, a partir de contato mantido com pesquisadores e de leituras de obras referendando esse setor, os quais fazem diagnósticos que evidenciam uma série de elementos que merecem ser analisados com maior profundidade, no que se refere à melhoria e desempenho ambiental do segmento. Este trabalho tem como objetivo principal de estudo identificar quais são os elementos motivadores que levaram as empresas do Pólo Moveleiro da Serra Gaúcha a aplicar os processos e/ou medidas eco eficientes em seu sistema de gestão. Como forma de atingir esta proposta, buscar-se-á identificar e analisar as políticas ambientais que vêm sendo adotadas pelo segmento, bem como, quais são as medidas eco eficientes adotadas por estas empresas. No intuito de poder traçar um diagnóstico compatível com a realidade do setor, far-se-á entrevistas - pessoais semi-estruturadas, cujas respostas serão processadas através da análise de conteúdo com atores pré-estabelecidos, a partir da função que desempenham, em cada empresa participante da pesquisa. Ao todo, serão seis empresas, uma microempresa, uma de pequeno porte e quatro de médio porte, que tenham a abordagem da eco eficiência inserida no processo produtivo. O resultado deste trabalho, evidencia a preocupação e a conscientização dos empresários com relação à necessidade de se planejar e, efetivamente, ter ações pontuais no curto prazo no que se refere às questões econômicas, sociais e ambientais mas contudo, esta muito presente que o longo prazo é muito distante e que a prioridade hoje é o lucro proveniente da capacidade de ser competitivo, ágil e inovador, cumprindo com o que determina a lei para não causar entraves na produção e não macular a imagem da empresa - e, se possível agregar métodos, sistemas que venham a amenizar e/ou evitar impactos negativos no meio ambiente. Muito deste resultado, acredita-se seja pela falta de interação entre as empresas, sociedade, instituições de ensino, ONGs e governos, pois planejar e querer um planeta sustentável hoje e deixar da mesma forma pra as gerações futuras não depende só de ações isoladas, antes de tudo tem que haver a absorção do fato de que cada membro da sociedade, isoladamente, é parte de um todo e como tal deve interagir.