A moda como linguagem :singularidades e códigos vestíveis no trânsito entre o profano e o sagrado do Candomblé
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Data
2018-11-23Autor
Bregolin, Débora Bresolin
Orientador
Santos, Rafael José dos
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Os trânsitos de bens advindos do universo religioso de matrizes africanas têm transpassado barreiras e transmutado os limites entre o que é profano e sagrado. A Moda, entendida como linguagem, repleta de signos, significados, ícones e índices passa a ser uma via importante para tais trânsitos. Esta dissertação, por meio das análises de material de campo de três capitais brasileiras, Salvador, Rio de Janeiro e Porto Alegre, visa interpretar estes trânsitos e suas ressignificações para os elementos do Candomblé que se transformam em códigos vestimentários e assim ultrapassam as fronteiras do que é profano e do que é sagrado. Para tanto, nos apoiaremos nas teorias de Peirce (2015) e Leach (1978), no que tange à análise semiótica e antropológica. Para observar a “dessacralização” dos objetos oriundos do Candomblé, este processo foi contextualizado nos termos da pós-modernidade de Jameson (1996) e Harvey (1992). As ideias de fluxos e pós-colonialismo através de Mbembe (2014) e Bhabha (1998) também foram averiguadas, assim como os conceitos de indivíduo de Hall (2005), foram debatidos, chegando a um novo conceito de singularidades proposto por Albuquerque (2007). Por fim, as teorias de Certeau (1994) e as elaborações sobre metamorfoses de espaço de Pintaudi (2011) foram utilizadas para a observação dos Mercados Públicos, espaços fundamentais de troca e ressignificação.