Análise da situação vacinal no Brasil nos últimos dez anos com ênfase no primeiro ano de vida
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Date
2019-07-10Author
Rosa, Suellen Lais da
Orientador
Stédile, Nilva Lúcia Rech
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A cobertura vacinal no Brasil vem em declínio desde 2015, e como decorrência há risco de ressurgimento de doenças consideradas erradicadas no País. Isso impôs ao governo brasileiro ações para o aumento dos percentuais de vacinação, em todas as faixas etárias. O objetivo deste estudo é caracterizar a situação vacinal das crianças brasileiras, a partir dos dados epidemiológicos relacionados as vacinas, com base nos últimos dez anos, com ênfase nas crianças no seu primeiro ano de vida. Trata-se de uma pesquisa documental, de base epidemiológica retrospectiva, de abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos a partir da base de dados do site Datasus, site governamental e nesse sistema de informação foram buscados o número de doses registradas pelos profissionais de saúde das salas de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde espalhadas por todo Brasil, no período de 2008 a 2018. Os dados foram transferidos para uma planilha Excel, tratados por estatística descritiva e apresentados na forma de gráficos. Os resultados mostram que a há um declínio na cobertura vacinal a partir de 2015 e que a média da cobertura vacinal em crianças menores de um ano é menor se comparada com as médias totais de vacinação no Brasil em todas as faixas etárias, embora os índices não alcançam os 95% de vacinação do público alvo, considerada a taxa de cobertura ideal. Considerando as metas brasileiras, destaca-se como problema a região Nordeste, quando a média não atinge 10% do público alvo na vacina SRC (sarampo, rubéola e caxumba), para a qual nenhuma região do Brasil consegue atingir média superior a 70%. A vacina com mais aderência é a BCG, primeira da infância, que tem média proporcional e mais elevada em todas as regiões do Brasil, mas ainda não atinge índices adequados. Conclui-se que, ao manter esse comportamento, a população brasileira, especialmente a infantil, encontra-se em situação de vulnerabilidade frente a doenças consideradas controladas no Brasil, cujo esquema vacinal é considerado modelo para o mundo (sic).