O sentido da vida em sujeitos dependentes químicos em situação de rua
Data
2020-07-09Autore
Brito, Giuliene Carolina Bossle de
Orientador
Cemin, Tânia Maria
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A dependência química pode ser caracterizada como a auto administração da manutenção do uso de determinada substância psicoativa, apesar de evidências indicarem prejuízos no âmbito biopsicossocial. Dentre estes danos, cita-se a deterioração social, que pode levar sujeitos a viverem em situação de rua. Sujeitos dependentes químicos em situação de rua podem experienciar invisibilidade e exclusão social, que atreladas a condições precárias de vida os deixam suscetíveis a sofrimento físico e psíquico. Para a Logoterapia, teoria fundada por Viktor Frankl, o sujeito é capaz de se adaptar e superar qualquer situação de dor, desde que haja um sentido de vida. Esta pesquisa tem como objetivo geral identificar possíveis implicações de sujeitos dependentes químicos em situação de rua relacionadas ao sentido da vida. Como objetivos específicos, apresenta-se a conceituação do sentido da vida, segundo a Logoterapia; a caracterização da dependência química; e, a apresentação dos aspectos fundamentais acerca de pessoas em situação de rua. Para atingir os objetivos, a revisão de literatura foi fragmentada em três temáticas: Logoterapia e sentido da vida, Dependência química e Aspectos fundamentais acerca de pessoas em situação de rua. Este trabalho foi estruturado com base em uma pesquisa bibliográfica qualitativa de cunho exploratório e interpretativo. Como fonte, foi utilizado o livro autobiográfico Há vida depois das marquises, que relata o contexto vivenciado por um sujeito dependente químico em situação de rua, o que o levou a morar nas ruas do Rio de Janeiro e os sentidos encontrados para modificar sua trajetória. Como instrumento, foi utilizada uma tabela composta por recortes de trechos do livro, descritos e categorizados. Como referencial de análise, foi utilizado o referencial de análise de conteúdo proposto por Laville e Dionne, através da técnica de emparelhando, associando os recortes do artefato escolhido com o aporte teórico, e do modelo aberto, cujo as categorias não são definidas previamente, mas são moldadas a posteriori. Emergiram as seguintes categorias: Dependência Química, com as subcategorias Baixo Controle e Frustração Existencial; Deterioração Social; e Sentido da Vida, com as subcategorias: Valores de Vivência, Valores de Atitude e Valores de Criação. A partir disso, foi possível compreender aspectos abarcados na dependência química e na relação dessa patologia com a situação de rua, bem como, fatores que influenciam no encontro de sentido de vida, por parte desses sujeitos (sic).
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- Psicologia - Bacharelado [243]