Histórias e memórias educacionais e familiares : o ato de pertencer e o afeto nas relações
Fecha
2020-07-11Autor
Maia, Suelen
Orientador
Maggi, Alice
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A partir das relações humanas e suas inúmeras contribuições ao campo da História, elabora-se não só o que o que dela conhecemos, mas também, sobre o sujeito que a ela pertence. A ressignificação das lembranças permite que pensemos sobre a construção do indivíduo, e o lugar social que ocupa no contexto de suas relações. Através das histórias e memórias reflete-se o papel que as narrativas têm para o sujeito, as quais, permitem compreender a constituição dos vínculos afetivos e, de sua própria subjetividade. Este trabalho é parte do projeto de pesquisa BIC-UCS, intitulado ?Histórias e Memórias da educação familiar e escolar na Região Colonial Italiana (1940-1950)? e têm como objetivo articular a análise de três entrevistas, no que tange às questões de afeto, envolvendo os relacionamentos familiares e sociais da época. O método empregado foi qualitativo-exploratório utilizando a metodologia da História Oral e o da análise de conteúdo de Bardin (2011). A primeira busca o papel das narrativas possibilitando uma reapropriação do passado, enquanto a segunda prevê um conjunto de técnicas de comunicações que utilizam procedimentos metódicos e sistemáticos em suas descrições, o qual aborda três fases essenciais: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados - a inferência e a interpretação. Realizou-se com três mulheres de faixas etárias entre 69 e 79 anos, moradoras de uma cidade da região nordeste do estado do Rio Grande do Sul. A delimitação acerca de cada história, acolhe as observações das vivências singulares em suas configurações familiares. As particularidades de cada discurso, trazem interlocuções importantes entre afeto, sua significância e aos atos de pertencimento do sujeito. Este estudo permite vislumbrar as contribuições da Psicologia para História da Educação, potencializando o diálogo entre as áreas e, promovendo o argumento de que somos constantemente mobilizados pelas reelaborações de nossas histórias, mediante o rememorar e o narrar de nossas memórias. A partir da análise, buscou-se as compreensões necessárias para refletir sobre as relações dos processos familiares, as quais englobam as questões de vínculo, afeto e do cotidiano da família, em uma perspectiva histórica. Os resultados apontam para o papel singular em que cada sujeito está inserido em suas vivências. O estudo faz uma leitura psicanalítica dos afetos e das suas manifestações a níveis sociais, culturais e familiares da história das mulheres entrevistadas. Embora não determinante, sugere as possíveis contribuições do social para a construção da subjetividade (sic).
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- Psicologia - Bacharelado [243]