Em virtude do crescimento do mercado do futebol ao longo dos anos e uma cobrança da sociedade por profissionalismo, cada vez mais se faz necessário o acompanhamento das gestões dos clubes brasileiros. As gestões esportivas encontram-se em estágio amador sendo um grande empecilho para o desenvolvimento do esporte. O presente estudo surgiu pela carência de profissionalização dos clubes de futebol do Brasil, afetando diretamente as finanças das equipes. Diante disto, observou-se as demonstrações de resultado do exercício e o balanço patrimonial das vinte equipes que disputaram a primeira divisão do campeonato brasileiro em 2018 e também apresentar os modelos de gestão de cada um. Além disto, procurou-se indicadores de boa gestão, como compliance, transparência e credibilidade, fairplay financeiro, governança corporativa, gestão esportiva e índices financeiros para a criação de parâmetro de comparação entre cada agremiação. Desse modo, os clubes analisados foram América-MG, Athletico-PR, Atlético-MG, Bahia-BA, Botafogo-RJ, Ceará-CE, Chapecoense-SC, Corinthians-SP, Cruzeiro-MG, Flamengo-RJ, Fluminense-RJ, Grêmio-RS, Internacional-RS, Palmeiras-SP, Paraná-PR, Santos-SP, São Paulo-SP, Sport-PE, Vasco da Gama-RJ e Vitória-BA. Para elaboração de indicadores também foram extraídos dados dos balancetes, como receitas, despesas, dívidas totais, ativos e passivos. Os índices financeiros utilizados na pesquisa foram: índice de liquidez, índice de endividamento geral, margem de lucro operacional, margem de lucro líquido e retorno sobre investimento. Como resultado da pesquisa, é possível perceber que, em geral, os clubes brasileiros apresentam baixa performance nos indicadores de boa gestão. Além disso, observa-se também muitos clubes extremamente endividados e com graves problemas de administração, acentuando a necessidade de profissionalização em sua gestão. Um ciclo virtuoso caracteriza-se para clubes com gestões profissionais, pois apresentam-se com estrutura financeira sólida e com resultado em campo (sic).