Análise in vitro da atividade antiviral de óleos essenciais sobre o parvovírus canino tipo 2
Date
2021-03-02Author
Santana, Weslei de Oliveira
Orientador
Streck, André Felipe
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O parvovírus canino tipo 2 (CPV-2) é a causa mais comum de gastroenterite hemorrágica em filhotes de cães. Essa virose possui alta morbidade e mortalidade podendo o vírus resistir no ambiente por até 6 meses. O tratamento de filhotes acometidos com esse vírus ainda é o de suporte, por inexistir medicamento eficaz no combate do vírus. Considerando-se de algumas propriedades dos óleos essenciais, dentre elas, a antiviral, esse trabalho avaliou a capacidade antiviral de quatro óleos essenciais (eucalipto, capim limão, lavanda e tomilho) sobre o CPV-2, utilizando-se de três ensaios in-vitro com células do epitélio renal felino (CRFK). Foram considerados possíveis compostos antivirais as amostras onde observou-se a ausência de efeito citopático, diminuição no número de cópias de DNA viral obtidos numa qPCR e redução do título viral obtido por TCID50. A constituição de cada óleo (compostos majoritários) foi analisada por cromatografia acoplada a espectrofotometria de massas onde observou a predominância dos compostos majoritários 1,8-cineol, timol e citral. Avaliou-se o IC50 para cada óleo utilizado: eucalipto (140,6 µg/mL), capim-limão (142,6 µg/mL), lavanda (160,2 µg/mL) e tomilho (126,3 µg/mL), optando-se em seguida, pela utilização das concentrações 50, 75, 100 e 150 µg/mL nos tratamentos. No ensaio do pré-tratamento destacaram-se os óleos de: eucalipto (150 µg/mL) e capim- limão (150 µg/mL) que reduziram o número de cópias virais em 76,3% e 62,85%, respectivamente. No ensaio de adsorção, houve redução de 45,66% do número de cópias no tratamento com capim-limão. Para o ensaio virucida, houve redução nos tratamentos com óleo de lavanda 75 µg/mL (46,83%), capim-limão 150 µg/mL (44,41%), eucalipto (37,05%) e tomilho (16,69%). Todos os tratamentos com maior atividade antiviral obtiveram redução no título viral se comparadas ao controle do vírus. Este estudo comprovou a atividade anti-CPV-2 dos óleos essenciais de eucalipto, capim limão e tomilho podendo estes compostos, futuramente, guiar uma formulação farmacêutica a ser utilizada clinicamente nos portadores desta virose [resumo fornecido pelo autor].