Estudo sobre a aplicação da termografia como técnica de inspeção de manifestações patológicas em fachadas
Resumo
As manifestações patológicas afetam o desempenho dos componentes das edificações e podem ser originadas devido a falhas no projeto, escolha dos materiais, processos executivos, uso e envelhecimento natural. As fachadas têm como função proteger a edificação dos agentes de deterioração, oferecer estanqueidade a água, absorver deformações e garantir o isolamento termo acústico, ainda, seu revestimento deve possuir aderência e destes os mais comuns são os de argamassa ou cerâmicos. Por serem um componente externo das edificações, estão mais suscetíveis a ação dos agentes de degradação e por consequência disso ao aparecimento de manifestações patológicas, como por exemplo, descolamentos, fissuras e manchas. A inspeção das fachadas geralmente é prejudicada por questões de logística, como a altura e intervenção de edifícios em ocupação e, além disso, os ensaios para comprovação dos defeitos em sua maioria são do tipo destrutivo. Tendo em vista isto, a termografia mostra-se como uma forma de intervenção em potencial. Considerando esses aspectos, o presente trabalho tem como objetivo utilizar a termografia como ensaio não destrutivo para análise de manifestações patológicas em fachadas de duas edificações com diferentes idades de construção. A aquisição dos termogramas em fachadas norte e sul, com revestimento de argamassa e com tijolos aparentes, foi realizada nos períodos da manhã e tarde. Os termogramas foram analisados qualitativamente de forma visual e quantitativamente por meio da função de contraste Delta-T. Os principais resultados obtidos apontam que os maiores Delta-T?s são capturados no período da manhã, sendo esse o turno o mais propicio para identificação de manifestações patológicas sob as condições climáticas vigentes durante os ensaios. [resumo fornecido pelo autor]