Esta pesquisa tem como objetivo analisar comparativamente o golpe civil-militar de 1964 e o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, identificando semelhanças e diferenças destes processos, assim como identificar como os jornais Folha de São Paulo e Pioneiro qualificaram os presidentes destituídos e se, houve uma manifestação positiva em relação às suas respectivas saídas do cargo. A pesquisa situa-se no campo historiográfico da História do Tempo Presente e tem como metodologia a História Comparada. Para a análise do trabalho, é utilizado o Materialismo-Histórico. A análise foi realizada a partir de uma revisão bibliográfica da historiografia sobre os temas e, uso de jornal com fonte histórica. Conclui-se que ambos os processos tiveram rupturas democráticas, com semelhanças e diferenças entre si, mas os dois com anuência dos jornais analisados, que construíram imagens negativas dos presidentes em questão e tiveram um posicionamento favorável as deposições, caracterizando-as como legítimas. Semelhantes rupturas são decorrentes da fragilidade da democracia burguesa brasileira, onde é possível construir uma relação com a sua fragilidade proposital e as frequentes derrubadas de governos democráticos e inclinados ao campo popular. [resumo fornecido pelo autor]