Avaliação de marcadores de células progenitoras em cultura primária de células tumorais de câncer de mama
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Data
2021-10-28Autor
Brum, Emyle da Silva
Orientador
Ely, Mariana Roesch
Metadata
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O câncer de mama (CM) é uma doença que se apresenta como diferentes subtipos, Luminal A e B, receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2) e triplo negativo. As células-tronco cancerosas (CSC) constituem uma subpopulação de células embrionárias indiferenciadas com características particulares dentro do tumor e são as principais contribuintes para o desenvolvimento e progressão da doença. Além disso, este tipo celular foi correlacionado com a capacidade de conduzir metástases. Até o momento já foram descritos diversos marcadores moleculares de CSC, porém sem aplicabilidade clínica, uma vez que dados que correlacionem com os subtipos moleculares do CM são escassos. Assim sendo, faz-se necessário investigações de biomarcadores específicos, precisos e sensíveis, particularmente para contribuir e elucidar melhor o entendimento dos diferentes subtipos de tumores de mama. O objetivo principal deste estudo é traçar um perfil de
avaliação das propriedades funcionais moleculares de células displásicas e tumorais de mama submetidas a cultivo celular. Neste estudo foram avaliadas 6 pacientes com diagnóstico de câncer ductal de mama. As amostras provenientes de cirurgias de quadrantectomia ou mastectomia foram classificadas de acordo com sua malignidade. Além disso, realizou-se avaliação imunohistoquímica, o que possibilitou classificá-las como: subtipo Luminal A (n=1), Luminal B (n=4) e HER2 positiva (n=1). Foi realizado cultivo de células tumorais e benignas das amostras cirúrgicas, nas quais foram identificados marcadores moleculares de CSC. Observou-se um aumento de CD44 e Ck
e redução de CD24 na amostra de isolamento tumoral quando comparado com a benigna. Em relação a diferentes subtipos de CM, foi encontrado valores de CD44, CD24 e Ck menores para o subtipo HER2+ do que para o Luminal B. A análise desses biomarcadores permitiu relacionar com o estadiamento do tumor, subtipo molecular, pior prognóstico e conduta clínica das pacientes. O entendimento da expressão dos biomarcadores de CSC permitirá, futuramente, proporcionar um diagnóstico mais preciso e prognóstico mais direcionado a cada condição e subtipo tumoral, além da estratificação das pacientes de acordo com o risco de desenvolvimento de metástases. [resumo fornecido pelo autor]