O mal radical e a possibilidade de conversão em Immanuel Kant
Date
2021-10-28Author
Benvenuti, Jaqueline
Orientador
Sangalli, Idalgo José
Metadata
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Consoante Kant, todos os homens são maus, sendo a maldade conferida, entretanto, à espécie e não ao indivíduo, nem mesmo nos momentos em que ele é bom e em outros em que é mau. Considerando que o homem não seria mau por natureza, pois assim seria maligno, ele, concomitantemente, tem uma disposição originária ao bem, e essa propensão age como concorrente, ou seja, a contar da elaboração da sua máxima suprema, o homem efetiva ou o bem, ou o mal. Poderia ser possível que o mal radical pervertesse o fundamento das máximas enquanto o homem não abandona sua autonomia, isto é, conforme Kant, apesar de a máxima suprema ser pervertida em função do mal radical e gerar máximas pervertidas, mesmo assim, por ser um indivíduo livre, o homem poderia agir de forma livre. Cabe destacar que o ser humano, pela sua disposição natural para o bem, pode iniciar uma nova série causal no mundo pautada pela lei moral. Os fundamentos morais propostos por Kant se apoiam em bases racionais, pois, para o autor, os preceitos empíricos não influenciariam uma obrigação, haja vista considerarem situações particulares, não tendo o poder de fundamentar qualquer obrigação. Considerando-se tal contexto, este estudo destaca a presente questão: Quais são as possibilidades de conversão diante do mal radical, à luz dos conceitos fundamentados por Immanuel Kant? Nesse sentido, como objetivo principal, foram averiguados os principais aspectos relevantes sobre o mal radical. Em relação aos objetivos específicos, ressaltam-se: 1. verificar questões conceituais sobre moral, religião e liberdade; 2. averiguar as principais características do mal radical; 3. analisar as possibilidades de conversão dos indivíduos para o bem. Desenvolveu-se, assim, uma revisão bibliográfica, por meio de consultas em livros e artigos presentes em periódicos e em plataformas virtuais, com ênfase para a avaliação das possibilidades de conversão diante do mal radical, à luz dos conceitos fundamentados por Immanuel Kant. [resumo fornecido pelo autor]