Comportamento seguro no trânsito: percepção de motoristas de transporte coletivo de passageiros
Data
2022-02-07Autor
Klanovicz, Mônica Pagnussat
Orientador
Madalozzo, Magda Macedo
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O trânsito é um espaço coletivo de mobilidade humana utilizado de diferentes formas pelas pessoas todos os dias. Esse contexto possui riscos, como acidentes de trânsito e suas altas taxas de feridos e mortos, mas comportamentos seguros no trânsito são alternativas para a redução desses acidentes. Para os motoristas de transporte coletivo de passageiros, o trânsito é um espaço de trabalho. Além da obrigação com o trânsito, regulamentado pela legislação, também existe o compromisso com o transporte de passageiros, o que aumenta sua responsabilidade com o comportamento seguro nesse contexto. Por essa razão, o objetivo geral da presente pesquisa foi analisar a percepção de motoristas de transporte coletivo de passageiros sobre o comportamento seguro no trânsito. Para isso, realizou-se uma pesquisa qualitativa descritiva, transversal, por meio de entrevistas semiestruturadas com motoristas de transporte coletivo de passageiros. A análise de dados teve como base a técnica de análise de conteúdo de Bardin e, para a organização destes, utilizou-se o software de gestão de dados qualitativos NVIVO. Os resultados apontam que as influências mais frequentes para o comportamento seguro no trânsito, na percepção dos motoristas, são: atenção, emoções, tomada de decisões, heterocuidado, autocuidado, influências organizacionais, conhecimento e operação dos veículos e leis de trânsito. A aprendizagem se destacou como uma alternativa para a alteração e mudança de comportamentos. Os fatores de proteção psicossocial relacionados ao comportamento seguro foram: relação positiva com a função que executa, remuneração adequada, valorização pelo feedback dos passageiros, suporte organizacional e comunicação transparente com a empresa, estrutura e apoio familiar e a valorização do autocuidado e heterocuidado. Já os fatores de risco psicossocial citados foram: preconceito com a profissão, relacionamento hostil com o passageiro, imprevisibilidade do trânsito e necessidade contínua de adaptação, falta de tratamento adequado por parte da empresa e problemas familiares. A partir dos resultados, foi proposto um programa de qualificação direcionado a empresas de transporte coletivo com foco na gestão estratégica dos fatores psicossociais e sua influência no comportamento seguro no trânsito. [resumo fornecido pelo autor]