O sistema de produção dos têxteis no Brasil : a legislação e a cadeia do algodão frente à teoria do risco e aos impactos socioambientais
Data
2016-12-09Autore
Pasinato, Tatiana Lúcia Strapazzon
Orientador
Pereira, Agostinho Oli Koppe
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No presente estudo, analisam-se os danos ambientais resultantes do cultivo do algodão, provenientes do hiperconsumismo e dos resíduos sólidos têxteis dessa fibra natural de maior representatividade mundial. Em um primeiro momento, analisou-se a Teoria do Risco, traçada como ponto definidor e fundamental para o decorrer do estudo, e apresentada como adequada para embasar a análise dos riscos e danos ambientais causados pela produção do algodão, pelos seus resíduos e pelo hiperconsumismo. Em um segundo passo, trabalha-se sobre as formas de produção do algodão no Brasil, trazendo-se os benefícios do cultivo orgânico, e a abordagem acerca da crescente transgenia na cotonicultura. Aborda-se a intensa utilização de agrotóxicos, dificultando a existência de um ciclo sustentável. Em seguida, foca-se nos impactos ambientais causados pela indústria têxtil, enfatizando-se o tema dos resíduos sólidos têxteis com origem no algodão. O método utilizado é o analítico dedutivo, tendo como fundamento a pesquisa bibliográfica explorativa. Por final, revela-se a e permissibilidade jurídica quando do acolhimento dos métodos tradicionais utilizados no desenvolvimento das lavouras algodoeiras, principalmente quanto ao alto nível de agrotóxicos. Os resíduos têxteis do algodão, da indústria e do consumidor são pouco usados a programas sociais de reaproveitamento, entretanto continuam como problema social, haja vista que a Política Nacional dos Resíduos Sólidos não conduziu a uma solução prática. Reconhece-se que o desleixo com os danos ambientais é imenso na sociedade de risco da modernidade, caracterizada pelo avanço capitalista. A trajetória do hiperconsumo expõe uma conduta centralizada no individualismo social ainda que diante de catástrofes recorrentes.