O hiperconsumo na sociedade moderna : uma análise da sustentabilidade ambiental através da teoria do risco com enfoque nos impactos ambientais dos resíduos sólidos das empresas coureiro-calçadistas no município de Portão, RS
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Data
2017-08-07Autore
Lermen, Inácio Fabiano
Orientador
Pereira, Agostinho Oli Koppe
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Com o advento da Revolução Industrial, a sociedade moderna mudou seus padrões de consumo, os quais, antes na sociedade pré-Moderna, eram voltados à subsistência. Tem-se, nos dias que correm, um consumo puramente materialista, que ocasiona um déficit por
recursos naturais e gera uma infinidade de resíduos que precisam ser descartados, tornando-se o sistema atual insustentável. Para o desenvolvimento deste estudo, foi utilizado o método analítico, com análise de documentos, legislação, doutrina e decisões judiciais. A partir da Teoria do Risco de Beck, evidencia-se que a sociedade moderna é criadora dos riscos ecológicos globais, atingindo, cedo ao tarde, todos os indivíduos, inclusive aqueles que geraram os riscos, definido por Beck como efeito bumerangue. A Teoria do Risco é indispensável para a elaboração de políticas públicas de matéria ambiental devido ao seu caráter precaucional. O Brasil conta com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei nº
12.305/2010, a qual traz as diretrizes e os objetivos para a gestão correta dos resíduos produzidos pela sociedade, com destaque a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos. Partindo desse amplo cenário global, é necessário trazer essas preocupações para uma realidade local, para tanto, o município de Portão, localizado no Vale do Rio dos Sinos, RS, maior polo da indústria coureiro-calçadista do mundo. Constatou-se
que os resíduos do couro são reutilizados por uma empresa para fabricação de adubos orgânicos. Ao final, foi feita uma análise do hiperconsumo como impulsionador da indústria coureiro-calçadista de Portão, Rio Grande do Sul, e como os risos são aceitos na sociedade a fim de manter a economia da região.