Estudo da patogenicidade e controle biológico de fusarium sp. com trichoderma sp.
Data
2014-06-16Autore
Pereira, Carolina de Oliveira Fialho
Orientador
Ribeiro, Rute Terezinha da Silva
Metadata
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Os fungos fitopatogênicos pertencentes ao gênero Fusarium são conhecidos causadores de
doenças de plantas em diversos hospedeiros. Dentre os quais se destaca o tomateiro, atacado
pelas três raças conhecidas de Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici (Fol), causadoras da
murcha vascular. Para o controle dessa doença, o emprego de microrganismos, como os isolados
antagonistas de Trichoderma sp. pode ser uma alternativa ao emprego de agroquímicos. No
presente trabalho foi avaliada a patogenicidade de dez isolados de Fol em cultivares
diferenciadoras de tomateiro, sendo que apenas quatro se mostraram patogênicos a cultivar
suscetível, e nenhum deles foi diagnosticado como pertencente à raça 3. Os resultados obtidos
nos testes de confronto direto com os isolados de Trichoderma sp. apresentaram alta
variabilidade em relação à capacidade micoparasítica, com os melhores resultados de
sobreposição para os isolados T3, T8 e T17. Nestes casos foi observada evidência de
sobreposição da colônia do hospedeiro para pelo menos seis dos nove isolados antagonistas. Em
relação à capacidade inibitória destes isolados, os resultados de maior inibição de crescimento da
colônia do fitopatógeno foram obtidos para os isolados T2 e T3. A linhagem 34970 de Fol foi a
mais resistente às ações antagonistas dos isolados de Trichoderma sp., e o isolado TO 11 sofreu
as maiores médias de inibição. Em teste de produção de metabólitos voláteis somente os isolados
Fusarium 23, Fusarium 27 e 34970 de Fol, foram inibidos após 120 horas de teste. No controle
biológico da fusariose do tomateiro, provocada pelo isolado TO 245 de Fol, as plântulas tratadas
com os isolados T6 e T17 de Trichoderma sp. apresentaram menor incidência de doença, com
notas iguais a 1,25 e 0,75 respectivamente em comparação a 1,87 do grupo controle, de acordo
com a escala de severidade de doença de Vakalounakis et al. (2004). Os tratamentos com os
isolados T6 e T17 em substrato contaminado com o isolado 1205/2 de Fol apresentaram valor de
0,50 e 0,38, de acordo com a escala, em comparação com 0,50 do tratamento controle. As médias
de alturas, comprimento e peso seco das raízes não apresentaram diferença estatística para
nenhum dos tratamentos, porém o peso seco da parte aérea foi significativamente maior para as
plantas tratadas com o isolado T6 em substrato infestado pelo isolado 1205/2 de Fol. Todos os
isolados patogênicos pareados com as linhagens padrão dos grupos de compatibilidade vegetativa
apresentaram sinais de heterocariose com a linhagem padrão 34970 correspondente ao GCV
0030, indicando uma possível similaridade genética entre os isolados utilizados.