Este trabalho tem como tema a abordagem do tema das drogas pela revista Vice Brasil. Assim, a pesquisa objetiva analisar a abordagem do tema das drogas pelo veículo, objetivo que se desdobra em quatro específicos: entender se a linguagem empregada pelos repórteres dialoga de forma responsável com o público da revista; compreender se a escolha da revista por tratar o assunto como uma questão de saúde pública se mostra pertinente no alerta para os riscos trazidos pelo uso de drogas e na chamada "redução de danos"; delinear o perfil do público-alvo da revista Vice Brasil; contribuir para o debate sobre a pauta dos veículos de comunicação no Brasil e a importância do jornalista enquanto construtor de uma realidade social. O referencial teórico envolve teorias acerca do jornalismo interpretativo, do tema das drogas e da juventude e, também, a história da revista Vice Brasil, corpus deste estudo. Entre os principais autores citados, estão Beltrão (1976), Marques de Melo e Assis (2016), Campos (2002; 2009), Sodré e Ferrari (1986), Lage (2003), Bicca, Pereira e Gambarini (2011), Lemos e Zaleski (2009), Bourdieu (1983), Coimbra, Bocco e Nascimento (2005), Sousa (2006), Costa (2011), Bødker (2017) e Kalvø (2015). A metodologia utilizada compreende pesquisa bibliográfica, entrevista semiestruturada e análise de conteúdo, proposta por Bardin (2000). Como principais resultados, podem ser mencionadas reflexões sobre a produção jornalística da Vice Brasil, a relação da revista com seu público-alvo e os impactos provocados pelo jornalista na realidade social que o cerca. [resumo fornecido pelo autor]