Famílias brasileiras e desigualdades sociais
Datum
2023-01-09Autor
Silva, Denise de Lima
Orientador
Camardelo, Ana Maria Paim
Metadata
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Com base em motivações e inquietações, surgiu o problema de pesquisa que consiste na seguinte pergunta: Como compreender a (re)produção das desigualdades sociais no âmbito das famílias brasileiras? E, a partir dessa problematização, elaboraram-se as questões norteadoras: (I) Como tem se configurado as transformações das famílias na sociedade?; (II) Como compreender o processo de (re)produção das desigualdades sociais no âmbito das famílias brasileiras?; (III) Qual o papel do estado e contribuição dos(as) Assistentes Sociais no enfrentamento das desigualdades sociais impostas às famílias? Com isso, construíram-se os objetivos. O presente trabalho tem como objetivo geral estabelecer reflexões que contribuam para a compreensão dos processos de (re)produção das desigualdades sociais no âmbito das famílias brasileiras. Já os objetivos específicos são: (I) Contextualizar as funções e transformações da família ao longo do processo histórico; (II) Refletir acerca da (re)produção das desigualdades sociais no âmbito das famílias e o papel do Estado e as possíveis contribuições da profissão a esse grupo social. Para compreender o objeto de estudo do presente trabalho, e assim responder ao problema e as questões norteadoras a fim de atingir os objetivos, utilizou-se o método materialista histórico-dialético, com destaque para as categorias historicidade, totalidade e contradição, que foram necessárias para compreender a conformação da sociedade atual, além das contradições que permeiam o âmbito das famílias. A partir das reflexões produzidas, é possível constatar que as mudanças que ocorreram na sociedade incidiram diretamente nas famílias, que elas sofreram, sofrem e continuam sofrendo transformações independente do tempo, além de algumas legislações brasileiras que tiveram que se alterar devido às transformações que aconteceram na sociedade e consequentemente nas famílias. Na conjuntura atual as famílias apresentam distintos e diversos conceitos e uma diversidade de arranjos familiares, no entanto, diante de tantas mudanças, identificam-se inúmeras formas de desigualdades sociais, destacando-se a desigualdade de gênero. Ressalta-se ainda a centralidade das famílias nas Políticas Públicas, sobretudo na Política Pública de Assistência Social e a desresponsabilização estatal na garantia de proteção social e enfrentamento das desigualdades sociais, o que acaba se isentando de sua responsabilidade e se deslocando para as famílias. Diante deste cenário, reflete-se sobre as possíveis contribuições do Assistente Social a esse grupo social, dentre algumas: informar; democratizar informações e acessos aos programas e direitos concernentes à população; compromisso com a qualidade dos serviços prestados e responsabilidade com os usuários; elaborar, implementar, executar e avaliar políticas públicas e sociais voltadas a esta população, com a participação da sociedade civil; construir planos de cuidados em conjunto com outros profissionais e, especialmente com as famílias, escutando-as, dialogando, refletindo, proporcionando espaço de protagonismo. [resumo fornecido pelo autor]
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- Serviço Social [42]