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dc.contributor.advisorStecanela, Nilda
dc.contributor.authorSilva, Jourdan Linder
dc.contributor.otherLuchese, Terciane Ângela
dc.contributor.otherPitano, Sandro de Castro
dc.contributor.otherPerondi, Maurício
dc.contributor.otherBotler, Alice Miriam Happ
dc.date.accessioned2024-01-29T18:00:15Z
dc.date.available2024-01-29T18:00:15Z
dc.date.issued2024-01-27
dc.date.submitted2023-12-04
dc.identifier.urihttps://repositorio.ucs.br/11338/12982
dc.descriptionEsta pesquisa de tese, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade de Caxias do Sul, em parceria com a Universidade do Planalto Catarinense, no período de outubro de 2019 a outubro de 2023, teve como objetivo central evidenciar os efeitos dos sentimentos de injustiça e reconhecimento denegado na experiência escolar de jovens de periferia urbana. Para tanto, busquei identificar sentimentos de injustiça vivenciados por jovens estudantes; investigar a construção de narrativas, feitas pela escola, acerca das experiências estudantis dos jovens, em seu Livro de Ocorrências; e averiguar como esses estudantes percebiam sua experiência escolar. O estudo tomou por base as vivências do cotidiano escolar, fundamentadas nos estudos relacionados a cotidiano de Pais (1993; 2002; 2009; 2013; 2015), Lefebvre (2020) e Stecanela (2009; 2010; 2018). A Injustiça Escolar e os sentimentos atrelados a ela, foram tomados, a partir de Dubet (2008; 2014). O reconhecimento denegado foi analisado à luz de Honneth (2003). Já a experiência escolar teve como chave de intepretação a Sociologia da Experiência de Dubet (1994) e da parceria desse autor com Martuccelli (2014). Como metodologia de construção de dados realizei Grupos Focais com jovens estudantes da EMEB Mutirão, localizada na região periférica da cidade de Lages-SC. Participaram estudantes de turmas de 9º ano do Ensino Fundamental dos períodos matutino, vespertino e noturno. Além disso, analisei as narrativas construídas acerca da experiência escolar dos estudantes no Livro de Ocorrências da Escola. Para a construção desse estudo, utilizei a Análise Textual Discursiva de Moraes e Galiazzi (2007). Emergiram dos dados empíricos, em diálogo com os interlocutores teóricos, os sentimentos de injustiça dos jovens estudantes, os quais advêm do regramento escolar, sobretudo no que se refere às formas de intervenção da escola frente ao não cumprimento das regras. Além disso, a relação pedagógica, na perspectiva dos jovens participantes, está marcada por vários fatores que promovem sentimentos de injustiça: incompreensão, indiferença, discriminação, violência simbólica, e censura. A esses fatores ainda se somam a falta de diálogo e a precarização das condições estruturais da unidade escolar. Diante disso, identifiquei que o sentimento de injustiça tinha como efeito o demarcar de uma insatisfação quanto à experiência escolar proporcionada pela escola. Isso se manifestava em um boicote às aulas, demonstrado através de perturbações, fugas da sala, distrações, insubordinações e atitudes consideradas impertinentes. Toda essa realidade construía uma experiência esvaziada de sentido, levando os estudantes a adjetivarem-na como irritante, estressante, difícil, complexa, complicada, corrida, que demandava um esforço para um sucesso quase que inalcançável. Portanto, minha tese é a de que quando a escola dialoga com as juventudes, os aspectos promotores de sentimento de injustiça são minimizados, levando os jovens periféricos a vivenciarem uma relação pedagógica, com seus professores, fundamentada em reconhecimento mútuo, a partir da qual os estudantes se tornam sujeitos de uma experiência escolar mais justa, que tem como consequência aprendizagens significativas. No entanto, como existem variadas camadas no cotidiano escolar, não se pode vislumbrar um sentimento de justiça pleno, pois os processos de reconhecimento entre estudantes e docentes são diversos. Essa dinâmica torna inviável a construção de bases sólidas de sentimentos de justiça e reconhecimento. O que tem levado os atores sociais que habitam esse cotidiano escolar a travarem conflitos, a fim de lutarem por reconhecimento. [resumo fornecido pelos autor]pt_BR
dc.description.abstractThis thesis research, developed in the Postgraduate Program in Education of Universidade de Caxias do Sul, in partnership with Universidade do Planalto Catarinense, from October 2019 to October 2023, had as its main objective, to highlight the effects of feeling of injustice and denied recognition in the school experience of young people from the urban peripheries. To this end. I sought to identify the feelings of injustice experienced by young students; investigate the construction of narratives made by the school about the young students? experiences in its Livro de Ocorrências (Incident Book); and ascertain how these students perceived their school experience. The study was based on the experiences of daily school life, based on studies related to daily life by Pais (1993; 2002; 2009; 2013; 2015), Lefebvre (2020), and Stecanela (2009; 2010; 2018). School Injustice and the feelings linked to it were taken from Dubet (2008; 2014). The denied recognition was analyzed in the light of Honneth (2003). The school experience had as a key to interpretation the Sociology of Experience by Dubet (1994) and the partnership between this author and Martuccelli (2014). As data construction methodology, I carried out Focus Groups with young students from EMEB Mutirão, located in the peripheral region of the city of Lages-SC. Students from 9th-year elementary school classes participated in the morning, afternoon, and evening periods. Furthermore, I analyzed the narratives constructed about the students' school experience in the School Incident Book. To build this study, I used the Discursive Textual Analysis of Moraes and Galiazzi (2007). From the empirical data, in dialogue with the theoretical interlocutors, the young students' feelings of injustice emerged, which derive from the school rules, especially regarding how the school intervenes in the event of non-compliance with the rules. Moreover, the pedagogical relationship, from the perspective of the young participants, is marked by various factors that promote feelings of injustice: incomprehension, indifference, discrimination, symbolic violence, and censorship. In addition to these factors, there is a lack of dialogue and poor structural school conditions. Therefore, I identified that the feeling of injustice had the effect of marking dissatisfaction with the experience provided by the school. This manifested itself in a boycott of classes; demonstrated through disturbances, escapes from classes, distractions, insubordination, and attitudes considered impertinent. This whole reality created an experience meaningless, leading students to describe it as irritating, stressful, difficult, complex, complicated, rushed, and requiring an effort to succeed that was almost unattainable. Therefore, my thesis is that when the school talks to the youth, the aspects that promote feelings of injustice are minimized, leading peripheral young people to experience a pedagogical relationship with their teachers based on mutual recognition, from which students become the subjects of a fairer school experience, which results in meaningful learning. However, as there are many layers in everyday school life, it is impossible to foretell a full sense of justice, as the processes of recognition between students and teachers are diverse. This dynamic makes it impossible to build solid foundations for feelings of justice and recognition. This has led social actors who inhabit this daily school life to engage in conflicts to fight for recognition. [resumo fornecido pelos autor]en
dc.language.isoenpt_BR
dc.language.isoptpt_BR
dc.subjectEducaçãopt_BR
dc.subjectJuventude - Pesquisapt_BR
dc.subjectEnsino fundamentalpt_BR
dc.subjectEscolas públicaspt_BR
dc.subjectIgualdade na educaçãopt_BR
dc.subjectPeriferias - Educaçãopt_BR
dc.subjectEducationen
dc.subjectYouth - Researchen
dc.subjectElementary Schoolen
dc.subjectPublic schoolsen
dc.subjectEducational equalizationen
dc.subjectInner citiesen
dc.titleExperiência escolar juvenil em periferia urbana: sentimentos de injustiça e processos de reconhecimentopt_BR
dc.typeTesept_BR
mtd2-br.advisor.instituationUniversidade de Caxias do Sulpt_BR
mtd2-br.advisor.latteshttps://lattes.cnpq.br/8323911488705582pt_BR
mtd2-br.author.lattesLinder-Silva, Jourdanpt_BR
mtd2-br.program.nameDoutorado Acadêmico em Educaçãopt_BR
mtd2-br.campusCampus Universitário de Caxias do Sulpt_BR
local.data.embargo2024-01-26


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