O enoturismo surge como uma atividade complementar a operação tradicional das vinícolas, as quais eram consideradas indústrias do vinho e tiveram a função de desenvolver economicamente a região, servindo de sustento para as famílias de imigrantes italianos que na Serra Gaúcha se instalaram. O objetivo deste trabalho é evidenciar as alternativas do enoturismo para as vinícolas de Nova Pádua e Flores da Cunha demonstrando sua importância perante a tendência da prática enoturística mundial, considerando o fato de a Serra Gaúcha ser a região mais importante na produção de uvas do Brasil, sendo Flores da Cunha a cidade que mais produz vinhos no país. A metodologia realizada combinou dois métodos, através de um questionário estruturado para a parte quantitativa, e qualitativamente através de três perguntas descritivas ao final do questionário, além da coleta de entrevistas não estruturadas realizadas com indivíduos vinculados ao universo vinícola em contextos específicos. A partir dos resultados obtidos, torna-se evidente a relevância do enoturismo para as vinícolas, identificando-o como uma atividade complementar à operação vinícola, desempenhando um papel fundamental na diversificação de suas receitas e no estabelecimento de vínculos mais próximos com os clientes. Além disso, a disposição das vinícolas em investir no enoturismo reflete um compromisso com o desenvolvimento contínuo de suas ofertas turísticas, mesmo que o retorno financeiro seja percebido em um horizonte a longo prazo. [resumo fornecido pelo autor]