Felinos domésticos e bem-estar : explorando os mecanismos de ação de alopáticos e alternativos na manifestação de estresse através de uma abordagem de bioinformática
Fecha
2024-05-28Autor
Kirsch, Francine
Orientador
Silva, Scheila de Ávila e
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A popularidade dos gatos como animais de estimação está aumentando rapidamente em todo o mundo, inclusive no Brasil, que já registra um crescimento que supera o de cães. Em vista disso, a medicina felina tem evoluído e ganhado destaque, buscando entender cada vez mais as necessidades e particularidades desses animais. Estudos têm sido conduzidos para analisar o impacto do estresse na saúde dos gatos e inúmeras evidências indicam que esse fator tem profundos efeitos no comportamento e bem-estar de indivíduos dessa espécie. Identificar e analisar as principais causas e alterações clínicas e comportamentais provocadas pelo estresse agudo e crônico, bem como os tratamentos mais comumente empregados em pacientes felinos, torna possível compreender melhor os desafios enfrentados por esses animais e oferecer cuidados mais adequados para promover sua qualidade de vida. Diante desse cenário, empreendeu-se uma pesquisa para realizar uma revisão sistemática sobre as principais alterações clínicas e comportamentais provocadas pelo estresse agudo e crônico em gatos domésticos, além de se investigar os tratamentos mais comumente empregados. Os casos clínicos relevantes observados no consultório veterinário da pesquisadora foram selecionados e correlacionados com a literatura existente e analisados através de testes estatísticos, como o teste exato de Fisher e o qui-quadrado de Pearson. Com base nisso, também foram desenvolvidas redes de interação proteína-proteína, permitindo identificar relações entre as proteínas estudadas e correlacioná-las com o estresse em gatos. Os resultados obtidos por meio dos valores de p significativos sugerem que o estresse pode ser um fator relevante nas condições clínicas e comportamentais dos gatos. Observou-se que proteínas com um maior número de interações, conhecidas como hubs de proteínas, desempenham papéis importantes em diferentes vias metabólicas ou de sinalização celular. Por meio do uso de ferramentas de análise de redes PPI, como o STRING, foi possível visualizar a complexa rede de interações entre as proteínas relacionadas ao estresse em gatos, fornecendo informações valiosas sobre a organização dos mecanismos moleculares associados ao estresse. Verificou-se que a identificação de potenciais tratamentos, principalmente os alternativos, requer mais pesquisas científicas para comprovar sua eficácia e segurança em felinos. Essa perspectiva abre caminho para futuros estudos que possam se aprofundar nessas investigações e contribuir para o desenvolvimento de abordagens terapêuticas mais específicas e direcionadas ao bem-estar dos gatos sob estresse. [resumo fornecido pelo autor]