O trabalho do assistente social com pessoas vivendo com HIV/AIDS em serviços de assistência especializada em HIV/AIDS: desafios e possibilidades
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Date
2024-03-07Author
Casado, Luciane Pedrozo
Orientador
Bertele, Elizabete
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O presente estudo é um Trabalho de Conclusão de Curso cujo tema central é desafios e possibilidades do trabalho do assistente social com pessoas vivendo com HIV/AIDS em Serviços de Assistência Especializada em HIV/AIDS (SAE). O problema proposto neste trabalho se refere a quais desafios e possibilidades de intervenção estão presentes no trabalho dos assistentes sociais com pessoas vivendo com HIV/AIDS nos SAE no Brasil. O objetivo prevalecente é compreender e refletir sobre desafios e possibilidades do trabalho do assistente social com pessoas vivendo com HIV/AIDS, especificamente na atuação no SAE, com vistas a contribuir com os profissionais que atuam ou vierem a atuar em serviços destinados ao atendimento de pessoas vivendo com HIV e, consequentemente, com esse segmento da população. Para apreender o objeto de estudo em questão, foi utilizado o Método Materialista Histórico-Dialético, com destaque para as categorias historicidade, totalidade, contradição, mediação e trabalho, as quais foram utilizadas para resgatar aspectos históricos da política de saúde e a implementação da Política Nacional de HIV/AIDS, bem como a inserção do assistente social na área da saúde e no SAE. Trata-se de um estudo exploratório com abordagem de enfoque misto ou quanti-qualitativo nos parâmetros da pesquisa no campo social. Foram utilizadas a pesquisa documental e bibliográfica para coleta e análise dos dados, sendo que durante as pesquisas percebeu-se a escassez de produções sobre a temática, totalizando 19 produções em um universo de aproximadamente 411 publicações. Em percentagem verifica-se, portanto, que apenas cerca de 4,62% das publicações encontradas na pesquisa se relacionam com a temática proposta neste estudo. Realizou-se, ainda, uma pesquisa no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) do DATASUS com relação aos SAE existentes em todo o Brasil, com vistas a verificar a inserção dos assistentes sociais nesses espaços, sendo que atualmente no país existem 528 SAEs e dentro destes espaços atuam cerca de 1.290 assistentes sociais. Conclui-se que a epidemia de HIV/AIDS envolve aspectos que vão além do quadro clínico da doença, perpassando condições físicas, emocionais, econômicas, políticas e sociais. Tais condições se manifestam em demandas para os assistentes sociais que atuam no SAE no atendimento às pessoas vivendo com HIV/AIDS, sendo necessário ao profissional identificar as expressões da questão social ali presentes. Diante disso, identifica-se desafios ao trabalho do assistente social no SAE, entre eles destaca-se as contradições entre os modelos assistenciais em saúde, o trabalho interdisciplinar e intersetorial, a defesa dos princípios do SUS e dos específicos da profissão de Serviço Social, o desmonte das políticas públicas e a perda de direitos da população com agravamento das desigualdades sociais, bem como a relativa autonomia profissional. Para enfrentar tais desafios apontam-se possibilidades de intervenção que primem pela construção de abordagens coletivas e o estímulo à participação popular. Para tanto, as legislações sociais são elementos imprescindíveis ao trabalho dos assistentes sociais, uma vez que mediante a utilização deste aparato jurídico-legal o profissional intervém sob as necessidades dos usuários. [resumo fornecido pelo autor]
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