Efeito agudo da fotobiomodulação associada ao campo magnéticoestático em células musculares C2C12 expostas ao peróxido de hidrogênio
Fecha
2024-10-04Autor
Ferlito, Marcos Vinicius
Orientador
Branco, Cátia dos Santos
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A Fotobiomodulação (FBM) tem sido utilizada e estudada na área de medicina esportiva para acelerar as respostas metabólicas e estruturais no músculo esquelético gerando efeitos como aumento da microcirculação intravascular, diminuição da produção de ácido lático, aprimoramento da função mitocondrial e contrátil, melhora da capacidade antioxidante dos músculos, prevenção de danos celulares induzidos pelo exercício e recuperação pós exercício de força. Estudos sugerem que os cromóforos mitocondriais estão envolvidos diretamente no mecanismo e efeitos primários e secundários da FBM, como modulação do potencial de membrana mitocondrial (Delta Psi m) e estímulo da biossíntese de ATP. Atualmente a FBM tem sido associada ao Campo Magnético Estático (CME) na área clínica, potencializando os efeitos gerados pela FBM quando utilizada isoladamente, entretanto, até o momento, os efeitos bioquímicos e moleculares da FBM-CME em mioblastos são desconhecidos. O presente trabalho teve como objetivo investigar os efeitos da fotobiomodulação associada ao campo magnético estático (FBM-CME), em diferentes doses em células musculares C2C12 na presença ou ausência de peróxido de hidrogênio (H2O2). Foram avaliados os efeitos agudos da irradiação na viabilidade celular, liberação de DNA de fita dupla (dsDNA), produção de óxido nítrico (ON) e de Espécies Reativas de Oxigênio (ERO), Delta Psi m, atividade do Complexo IV da cadeia de Transporte de Elétrons e morte celular (Apoptose e Necrose) por meio de ensaios espectrofotométricos, fluorimétricos e por citometria de fluxo. Foram testados os efeitos da FBM-CME antes (pré-), após (pós-) ou em simultâneo (co-exposição) ao H2O2. Os resultados demonstraram que a melhor eficácia da irradiação frente ao H2O2 nos parâmetros de viabilidade celular, níveis de ON, dsDNA e ERO foi observada no co-tratamento. Sendo assim essa condição foi a escolhida para os ensaios de modulação mitocondrial. Observou-se que a FBM-CME modulou de forma positiva o Delta Psi m e o complexo IV em condições normais e restaurou a níveis normais quando comparado a células expostas ao H2O2. A análise de citometria também evidenciou que a dose de 3J manteve o número de células viáveis comparáveis ao controle (>60%; p>0.05), enquanto células irradiadas com 20 J e/ou com H2O2 aumentaram significativamente o número de células apoptóticas (3,5 vezes e 2,6 vezes, respectivamente; p<0.05) em relação ao controle de células. No co-tratamento com a dose de 3J e H2O2 houve recuperação de 25% no número de células viáveis comparado ao H2O2 sozinho (p=0.01). Pode-se inferir, portanto, que a FBM-CME em um ambiente normal e oxidativo, utilizando 3J de energia, pode modular positivamente as células mioblásticas. Todavia, quando expostas a doses mais elevadas, mesmo em um ambiente não oxidativo, pode causar e/ou potencializar o estresse oxidativo pelo aumento da atividade mitocondrial, demonstrando um perfil de resposta dose-dependente. [resumo fornecido pelo autor]