Na alfabetização: o que dizem as crianças negras sobre a negritude
Visualizar/ Abrir
Data
2025-01-28Autor
Lopes Filho, Agenor
Orientador
Matos, Sônia Regina da Luz
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A escrita intitulada Na alfabetização: o que dizem as crianças negras sobre a negritude narra encontros que acontecem por meio de cinco ateliês-negritude, com crianças negras na alfabetização, matriculadas nas escolas estaduais da cidade de Bento Gonçalves, município da região serrana do Rio Grande do Sul. Traz como tensionamento o seguinte problema de pesquisa: o que dizem as crianças negras matriculadas no segundo ano da alfabetização nas escolas estaduais da cidade de Bento Gonçalves - RS sobre a negritude? Ao disparar a escrita deste tema de dissertação, o ato de um pai-negro é movido pela manifestação de racismo causada na escola, diretamente ao filho Arthur e, com o movimento da pesquisa reivindica, por
intermédio da escrita, o lugar de um método de pesquisa como cartógrafo-negro e a sua expressão por meio de desenhos e da escrita da dissertação, que acontece somente com autores negros e negras, o que já ocorre por tal posicionamento político-científico de uma prática de pesquisa pela negritude. Junto ao método, os combates conceituais ocorrem pela racialização do negro, numa perspectiva da negritude. Esse processo tem como objetivo geral de pesquisa cartografar o que dizem as crianças negras matriculadas no segundo ano da alfabetização nas escolas estaduais da cidade de Bento Gonçalves - RS sobre a negritude e, a partir disso, temos os seguintes tópicos investigativos: I. Expressa, através de uma cartografia por meio de desenhos, os operadores de produção de racismo, na perspectiva do cartógrafo-negro; II. Mapeia a presença das crianças negras no primeiro ano da alfabetização, através dos dados de autodeclaração de raça informado pelos responsáveis, nas escolas estaduais, no Município de Bento Gonçalves - RS; III. Elabora o ateliê-negritude, para que as crianças negras que constam no mapeamento do objetivo II expressem suas negritudes; IV. Aponta o que dizem as crianças negras quando participam do ateliê-negritude. Participaram dos ateliês-negritude dez crianças do segundo ano de alfabetização, distribuídas em cinco escolas do município e neste espaço traz o registro que as crianças dizem do racismo,
territorializado nos seus cabelos crespos. [resumo fornecido pelo autor]