Os impactos da crise na estrutura de capital das empresas do setor de autopeças de Caxias do Sul listadas na BM&FBOVESPA
Mostra/ Apri
Data
2017-10-04Autore
Souza, Larissa Toledo de
Orientador
Stumpf, Evandro Carlos
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Enfrentamos no Brasil, atualmente, um dos piores cenários econômicos dos últimos tempos, com profundos impactos nas empresas. Tal situação, ocorrida pela queda no volume de investimentos, escassez de linhas de crédito, altas taxas de juros e redução no nível da atividade operacional, acarretou à economia elevado índice de inadimplência e desemprego, diretamente relacionados ao estresse político na gestão pública. Frente aos impactos da crise atual na estrutura de capital das empresas, e, levando em consideração a importância dos investimentos para o crescimento delas, indaga-se no presente estudo se em momentos de crise, a rentabilidade das empresas está relacionada com a estrutura de capital escolhida para financiar seus investimentos. A partir disso, para responder ao problema proposto, buscou-se analisar as demonstrações financeiras das principais companhias do setor de autopeças de Caxias do Sul – RS, publicadas na BM&FBovespa nos anos de 2013 a 2016, bem como seus níveis de investimento e rentabilidade, através de uma pesquisa bibliográfica quanto aos procedimentos técnicos, descritiva, quanto aos objetivos e qualitativa na abordagem do problema. Na temática estrutura de capital, ou seja, a forma como a empresa é financiada, duas correntes teóricas a fundamentam, a Teoria Convencional ou tradicionalista e a Teoria de Modigliani e Miller, que, contrárias entre si no entendimento da existência ou não de uma estrutura ótima de capital que agregue valor à empresa, levam ao tema a uma profunda discussão na teoria das finanças. Verificou-se que as três empresas analisadas adotaram proporções equivalentes de capital próprio e de capital de terceiros na composição de suas estruturas, porém o resultado obtido foi distinto entre elas. Levando à conclusão de que, os impactos na rentabilidade das empresas se deram diretamente pela queda nas vendas e não pela estrutura de capital adotada, embora tenham sofrido alterações para enfrentar a crise, desta forma, não se evidenciou uma composição ideal de capital. Assim, a teoria que mais se aproximou dos resultados obtidos foi a das proposições de Modigliani e Miller, a qual declara que a rentabilidade da empresa está mais ligada a qualidade dos seus ativos do que a forma de captação dos recursos (sic).