Rotina de alto nível em uma empresa líder da indústria do ônibus : um estudo ostensivo e performativo a partir das teorias da firma, evolucionária e posicionamento competitivo
Fecha
2018-02-01Autor
Silva, Oberdan Teles da
Orientador
Dorion, Eric Charles Henri
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A tese apresenta quadro conceitual baseado nas teorias da firma, evolucionária e posicionamento competitivo. É formado pelos construtos rotina e estratégia onde pesquisou-se a evolução da rotina de alto nível, representada pela qualidade da empresa Beta S.A., uma das maiores encarroçadoras de ônibus do mundo, com matriz no Rio Grande do Sul. O quadro é constituído pelos aspectos ostensivo e performativo, pelo individualismo metodológico interacionista e pelos elementos evolucionários: variação, seleção e retenção. O estudo caracterizou-se como uma abordagem qualitativa, com objetivo descritivo, tendo como estratégia de pesquisa estudo de caso. As técnicas de coleta foram a entrevista semiestruturada, história oral temática, técnica projetiva e pesquisa documental. Na variação, decorrentes da teoria evolucionária e do construto rotina, considerou-se para análise 42 questões divididas entre os blocos: seleção racional, cega, propagação seletiva path dependence, imitação, variação endógena, micromudança, padrões, conhecimento tácito e explícito, fatores emergentes e repertório individual. Pesquisaram-se os blocos, a partir da seleção, por meio das teorias do crescimento da firma e do posicionamento competitivo. Na retenção, consideraram-se os elementos que ampliam o escopo competitivo da rotina e que a limitam. Participaram da pesquisa 10 coordenadores, representados pelo nível operacional, 09 gerentes do nível tático e 10 diretores do nível estratégico. A análise ocorreu individualmente e após comparou-se com o nível correspondente. Ao final da análise de cada um dos blocos, formavam-se sistemas de inferência, que correspondiam as respostas simétricas, onde se caracterizavam, na sequência, os sistemas de dispersão, que correspondiam as assimetrias de concepção quanto a rotina da qualidade da Beta S.A. No nível operacional identificaram-se 34 sistemas de inferência, 42 no tático e 39 no estratégico. Em cada um dos blocos estabeleceram-se relações de causa e efeito comparados no modelo empírico da organização. Também se estruturaram, relações dos fatores limitantes e potencializadores da rotina a partir de subníveis. Evidenciou-se que a evolução da rotina, se deu pelas interações, erros e customização. Também se constatou que a evolução endógena da rotina, decorre de reconhecimento da restrição e ênfase na prevenção. Na aprendizagem da rotina, os resultados indicaram a necessidade de sistematização do conhecimento tácito em processo e maior comunicação. O estudo demonstrou simetria empírica com os conceitos teóricos de regularidade das rotinas, interpretações distintas, padrões heterogêneos e práticas de descobrimento. No aspecto performativo estruturou-se dois modelos para potencializar a rotina da qualidade da Beta S.A. Um, é a estruturação de estratégias futuras condicionadas ao estudo das variações retrospectivas, interações e aprendizagem. O outro objetiva ampliar a capacidade de absorção do comitê decisor da qualidade por meio do indivíduo e de segmentação de mercados transformando conhecimento de laço simples em duplo.