Análise dos fatores determinantes para a ocorrência de ociosidade das redes de esgoto sanitário no município de Caxias do Sul - RS
Data
2018-07-16Autore
Suita, Maria do Carmo Antunes
Orientador
Schneider, Vania Elisabete
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No modelo atual de investimento em esgotamento sanitário, os maiores custos dizem respeito às obras em estações de tratamento de esgotos e à implantação de redes que, muitas vezes, não receberão a conexão dos usuários. No Brasil, o percentual de usuários conectados à rede coletora de esgoto é baixo, pois a ligação predial, de responsabilidade do usuário não é realizada. Dessa forma, menos esgoto chega às estações e uma quantidade menor é tratada. O município de Caxias do Sul acompanha essa constatação, pois apesar de grandes investimentos em sistemas de esgotos, tem apenas 37,05% como indicador de esgoto tratado por volume de água consumida (SNIS, 2015). A realização do presente trabalho tem como objetivo analisar os fatores determinantes da ocorrência de ociosidade das redes de esgotamento sanitário nesse Município. Para tanto, foi realizada pesquisa exploratória e quantitativa, por meio da aplicação de questionários a dois públicos: junto aos colaboradores da empresa de saneamento e junto aos moradores do bairro selecionado como amostragem. Também foi realizada pesquisa documental e observação direta junto à empresa e seu sistema de ligação de esgoto. Como resultado foi verificado que a ociosidade das redes é um problema desconhecido dos moradores e colaboradores. A falta de informação sobre o sistema de esgoto, não querer danificar o piso, o valor da conexão foram motivos apontados pelos moradores. Os colaboradores acrescentaram a falta de estímulo, a inexistência de sanções, caimento contrário, e a alegação de ser muito trabalhoso fazer a ligação. A legislação é desconhecida pelos moradores, não há controle da empresa de saneamento sobre as ligações não conectadas, que cobra tarifa pela disponibilidade de rede e tratamento. Entraves que podem ser solucionados pelo Município por meio de medidas estruturantes: de gestão, regulamentação, programas de educação ambiental, e adequação de procedimentos, conforme levantados na pesquisa e elencados como recomendações. O estudo confirmou a necessidade da valoração dos serviços de ligações de esgoto na universalização do saneamento.