As mudanças ocorridas nas comunidades e nas organizações nos últimos anos ensejaram um olhar voltado às preocupações sociais e como estas podem ser geradas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre a ação voluntária e a inovação social, sob a ótica dos voluntários em organizações sem fins lucrativos. Para tanto, foi realizada uma pesquisa quantitativa, operacionalizada por meio de uma survey. O questionário foi aplicado por meio eletrônico a 112 voluntários em organizações sem fins lucrativos, que foram escolhidos por conveniência. Os dados gerados foram analisados por meio de estatística uni e multivariada, utilizando-se das técnicas de estatística descritiva, análise fatorial e análise de regressão. Desta forma, foi possível identificar que as principais motivações para a ação voluntária são “fazer o bem, ajudando o próximo” e a construção de novas “amizades”. Além disso, a pesquisa permitiu classificar as motivações para o voluntariado em seis principais dimensões, a saber: (i) ganhos de carreira; (ii) altruísmo; (iii) status; (iv) motivações egoístas; (v) autorrealização e; (vi) conhecimento. Também, foi possível classificar as inovações sociais das organizações sem fins lucrativos em que os voluntários atuam em dois tipos: (i) inovações sociais de produto e; (ii) inovações sociais de processo. Ainda, foi possível identificar que, na amostra estudada, as variáveis apresentam comportamento que difere, em partes, das escalas originais, o que enfatiza a importância da não-generalização no que diz respeito às pesquisas científicas. Por fim, identificou-se que as ações voluntárias podem ser consideradas como uma variável preditora da inovação social, explicando a variável dependente em 8,4%. [resumo fornecido pelo autor]