A escassez de recursos naturais e o acelerado consumo elevam os preços de determinados recursos, gerando aumento na carga de custos para as organizações e consumidores. Diante desse cenário surge uma nova economia, chamada Economia Colaborativa, que visa conectar indivíduos dispostos a compartilhar bens físicos e intelectuais. O objetivo dessa pesquisa é analisar quais motivos levam o consumidor a praticar ou não praticar o consumo colaborativo, com a finalidade de evidenciar se existe a necessidade de reposicionamento de empresas consideradas tradicionais. Para a elaboração dessa pesquisa, adotou-se o método de pesquisa qualitativa exploratória. A obtenção dos dados deu-se por meio de entrevistas individuais em profundidade com 2 participantes da geração X, 2 participantes da geração Y e 2 participantes da geração Z. Para a realização da análise das entrevistas, utilizou-se a análise de conteúdo com o auxílio do software NVivo 11®. Os principais resultados da pesquisa demonstram que a economia de custos, a consciência ambiental, a confiança e a possibilidade de novos negócios são fatores motivadores do consumo colaborativo, enquanto a insegurança e o sentimento de posse impossibilitam o compartilhamento. Além dos fatores identificados, observa-se uma possível mudança no comportamento do consumidor, que tem demonstrado uma preferência pelo acesso aos bens, por enxergar no acesso, e não na posse, a possibilidade de desfrutar de uma gama maior de bens. Tal mudança indica que as empresas precisam inovar na forma de oferecer bens e serviços e precisam estar atentas à capacidade excedente e como agregar valor a essa capacidade (sic).